O despertar e desenvolvimento da consciência espiritual
A forma superficial e vaga com que a palavra "espiritual" tem sido utilizada nos levaram a uma série de confusões e mal-entendidos. Na intenção de evitar darmos uma definição do termo, iremos buscar uma abordagem mais aprofundada com fatos e experiências, e, em seguida, avançando para a interpretação do que observamos e descobrimos. Sendo assim, o sentido em que precisamos utilizar a palavra espiritual se tornará mais claro.
Roberto Assagioli (1888-1974) psiquiatra italiano, fundador do movimento psicológico conhecido como Psicossíntese, no seu livro “Traspersonal Development” (Desenvolvimento Transpessoal) dedica atenção a este importante tema quando diz: “O fato básico sobre o qual devemos nos concentrar é experiência, a qual pode ser expressa de diferentes maneiras”.
Desde os primeiros tempos, sempre houve relatos dos nossos ancestrais de que experimentavam estados de consciência diferentes, em termos de intensidade, qualidade e efeito, incluindo aqueles que lançam a Luz da Sabedoria Divina na tela da nossa consciência espiritual.
No entanto fazem também outra alegação mais ampla, a de que esses estados de consciência resultaram ao terem alcançado, ou entrado em contato com um plano de realidade "acima" ou "além" do que é por nós considerado como "real".
Esta realidade tem sido muitas vezes chamada de transcendente, ou seja, que ultrapassa nossa capacidade de conhecer.
Pessoas que tiveram visualizações e que testemunharam esta realidade, a vivenciaram como algo mais real, duradouro e substancial do que o nosso mundo cotidiano, e as descrevem como sendo “a verdadeira fonte da essência do ser, e da vida mais abundante".
O número de testemunhos de tal contato com essa realidade mais elevada e completa é de tirar o fôlego!
Em todas as épocas e em diferentes culturas e países encontramos pessoas que vivenciaram essas experiências, e se posicionam nas privilegiadas fileiras da humanidade. Esta é a ação onipresente do Ser Maior Criador Deus em acompanhar nosso processo de despertar e desenvolvimento da consciência espiritual.
Portanto, qualquer tentativa de negar tais experiências, afirmando que elas são apenas ilusões ou na melhor das hipóteses sublimações de nossos instintos sensoriais, são arbitrárias e de completa ausência da verdadeira espiritualidade.
William James (1842-1910) um dos fundadores da psicologia moderna e importante filósofo espiritualista, cujo livro “The Varieties of Religious Experience” (As Variedades da Experiência Religiosa), é um modelo para a investigação imparcial deste assunto, em demonstrar a realidade e o valor do domínio transcendente, ou seja, o que está acima do nosso conhecimento, quando escreve: "Parece-me que os limites extremos de nosso ser encontrar seu caminho em uma dimensão mais elevada da existência, é completamente diferente do mundo dos nossos sentidos e do nosso entendimento natural como geralmente percebemos; se pode chamar a isto de um plano místico de domínio sobrenatural".
Na medida em que nossos ideais advindos deste plano - e a maioria deles se origina aí - vamos encontrando-os nos possuindo em formas que não podem ser expressas em palavras, pois estamos muito mais intimamente ligados ao domínio sobrenatural, do que pertencemos ao mundo material.
Quando o trabalho é realmente feito ao nível de nossa personalidade, somos autotransformados em novas pessoas, e como consequência nosso comportamento no mundo material refletirá essa mudança.
Tudo o que é capaz de produzir efeitos em outra realidade, é uma realidade em si, então não há justificativa em chamarmos o plano invisível de irreal.
A importância desse domínio maior de nossa experiência não pode ser supervalorizada, e a possibilidade de sua existência deve nos estimular a dedicarmos mais tempo, energia e entusiasmo para sua investigação, estando de acordo com nossos valores humanos, e anseios de Alma.
Então perguntamos: “Que atitude deveremos assumir em relação a este plano superior?”
O senso comum nos diz que devemos dar idêntica consideração séria, e estarmos preparados para reivindicar da mesma forma em que a história nos relata as descobertas em épocas anteriores por grupos de exploradores, de continentes desconhecidos ricos em metais preciosos.
Ignorar tal afirmação seria insensatez, porque correríamos o risco de nos enganarmos, desprezando a oportunidade de adquirirmos imensas novas fontes de riquezas espirituais.
Mesmo no cenário mais otimista, tais esforços só seriam prováveis, após termos conseguido superar nossas dificuldades emocionais, o que seria recompensado com a quantidade dos tesouros que nos aguardam.
Seguindo o mesmo método, perguntamos: “De que forma nós buscadores deste pouco conhecido ‘território” poderíamos avaliar nosso esforço?”
Para utilizar as bem escolhidas palavras de William James no livro mencionado acima: “Cada indivíduo contribui para a experiência original com uma série de estruturas pessoais individuais, o que muitas vezes estão solidamente ligadas ao mental e ao emocional. Essa diversidade tem causado confusão, equívocos e dúvidas que cercam o aprofundamento do assunto em discussão”.
No entanto, a existência de tais diferenças é pertinente e não deverá de forma alguma invalidar a realidade fundamental das experiências na nossa busca do despertar e desenvolvimento da consciência espiritual.
Fonte- www.stum.com.br/Marcos Porto
Por Mavi Hostettler/www.essencia.ning.com
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