segunda-feira, 28 de julho de 2014

O AMOR E A BELEZA - RUMI





"Através da eternidade
A Beleza verifica sua forma requintada
Na solidão do nada;
Coloca um espelho ante seu Rosto
e contempla sua própria beleza.
Ele é o conhecedor e o conhecido,
o observador e o observado;
nenhum olho, exceto o Seu
tem observado este Universo.


Cada qualidade sua, encontra uma expressão:
A Eternidade torna-se campo verde de tempo e espaço;
Amor, é o jardim que dá vida, o jardim deste mundo.


Cada ramo, folhas e frutos
revelam um aspecto da sua perfeição:
Os ciprestes insinuam Sua Majestade,
As rosas dão boas novas à Sua beleza.


Sempre que a Beleza aparece
O Amor também está lá;
sempre que a Beleza exibe um rosto rosado,
O Amor acende seu fogo com essa chama.
Quando a Beleza mora nos vales escuros da noite
O Amor vem e encontra um coração
nos emaranhados dos cabelos.


A Beleza e o Amor são o corpo e a alma.
A Beleza é a mina, o Amor, o diamante.


Juntos, tem estado desde o início dos tempos,
lado a lado, passo a passo.


Deixe as suas preocupações
e tenha um coração completamente limpo,
como a superfície de um espelho
que não contém imagens.


Se você quiser um espelho claro,
contemple-se e olhe para a verdade,
sem vergonha,
refletida pelo espelho.


Se o metal pode ser polido
até se assemelhar a um espelho,
que polimento pode precisar
o espelho do coração?


Entre o espelho e o coração
esta é a única diferença:


O coração oculta segredos.
mas o espelho não."
-Mevlana J. Rumi -
( The Divani Shamsi Tabriz XIII)

sábado, 12 de julho de 2014

NAS LUZES DE SHIVA, O MAHADEVA!!!



Lá das plagas celestes do Oriente, ecoa um chamado sutil. O senhor das energias convoca os homens e os espíritos para a realização do Darma.
Flui um perfume espiritual pelo ar... é sândalo!
Então, uma luz branquinha desce do céu e entra pelo topo da cabeça, ativando o lótus das mil pétalas. Em seguida, ela se espraia para baixo, por todos os chacras, varrendo o interior do corpo e despertando as energias. Por sua ação, instala-se um estado vibracional, pois é hora de dançar na luz!
Ao mesmo tempo, surge um olho aberto no centro do frontal. E, no coração surge um canto sutil:
“OM NAMAH SHIVAYA... OM NAMAH SHIVAYA... OM NAMAH SHIVAYA…”

Na esteira de suas vibrações, miríades de seres espirituais se tornam seus avatares e passam também a propagar a luz sutil. E, onde ela chega, tudo se transforma.
Sim, por onde a onda luminosa de Shiva passa, as correntes do ódio e do apego se rompem. Sob sua ação, o passado se esvai... E o que fica é a liberdade de seguir em frente, surfando nas ondas da evolução, para crescer...
Em todos os planos é assim: quando a luz de Shiva chega, tudo muda! As correntes se partem e as consciências se libertam.
Quando a luz branquinha dissolve as nuvens cinzentas de Maya, que ser poderá dizer que é deserdado do Supremo Amor?
Quando ecoa o canto sutil do Mahadeva, cessa a surdez dos egos renitentes. O seu ghanda purifica o cheiro de carniça dos apegos! E o seu mantra ecoa pelos céus dos corações:
“OM NAMAH SHIVAYA... OM NAMAH SHIVAYA... OM NAMAH SHIVAYA…”
Em todos os planos é assim: quando Shiva chama para o Darma, o próprio universo treme e entra em estado vibracional cósmico. Estrelas gozam com ele o samadhi, e os homens e espíritos sintonizados espiritualmente viajam junto, nas ondas da bem-aventurança.
Sob sua ação portentosa, tudo vibra, tudo muda... E o sândalo flui, purificando os homens, os espíritos e as estrelas.
Lá das plagas do Oriente espiritual, vem o seu chamado. A luz branquinha, o perfume sutil, a canção, as transformações, o Darma e os corações... tudo dentro de sua onda luminosa, tudo vibrando, para frente, para o crescimento, pois nada fica estagnado sob a luz do Mahadeva.
Por isso, os rishis cantavam sua glória: “HARA HARA MAHADEVA!”
Encantados, eles atendiam ao chamado sutil de Shiva e viam as correntes dos apegos se partindo e libertando as consciências para o progresso. Mesmo dotados de alta sabedoria e de profunda maturidade espiritual, eles reverenciavam o senhor de todas as transmutações, o divino alquimista.
Eles também pegavam carona espiritual na esteira das vibrações miríficas do Senhor das luzes. Então, eles entravam em samadhi e compartilhavam, com todos os seres do universo, a bem-aventurança que viviam.
Em silêncio, eles viam as correntes se partindo... Eles viam as ondas luminosas varrendo os cemitérios e crematórios e desprendendo os espíritos apegados a seus despojos carnais. Viam, também, as camadas do tecido vivo do universo se desdobrando em vida e energizando as estrelas e os seres.
Encantados, em silêncio, eles passaram a ver o poder da luz em tudo. Com o tempo, ensinaram aos estudantes espirituais como escutar o chamado sutil Dele.
E hoje, também é assim: quando ecoa o chamado de Shiva, os homens de boa vontade o escutam e se unem aos rishis, em espírito e coração, prontos para o Darma.
Em silêncio, eles curvam a cabeça ao Supremo e se recolhem na prece elevada, que nada pede, apenas abre o coração para o bem de todos os seres. Da mesma maneira que os rishis, eles também se encantam e trabalham para romper as correntes da ilusão.
E em todos os planos é assim: quando Ele chama, é hora de partir os grilhões e seguir na luz do eterno...
OM NAMAH SHIVAYA!

- Wagner Borges -
São Paulo, 15 de março de 2006.

- Notas do sânscrito:
* Darma (do sânscrito “Dharma”): dever, missão, programação existencial, mérito, benção, ação virtuosa, meta elevada, conduta sadia, atitude correta, motivação para o que for positivo e de acordo com o bem comum.
* Avatares - emissários celestes; enviados divinos.
* Rishis – Sábios espirituais; mestres espirituais; mentores dos Upanishads.
* Samadhi - expansão da consciência, consciência cósmica.
* Chacras – são os centros de força situados no corpo energético e que tem como função principal a absorção de energia (prana, chi) do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.
* Lótus das Mil Pétalas – metáfora iogue para o chacra coronário, que é o centro de força situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das idéias elevadas. É também chamado de chacra da coroa. Em sânscrito o seu nome é “sahashara”, o lótus das mil pétalas. Está ligado à glândula pineal.
Obs.: a pineal: é a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Essa glândula está ligada ao chacra coronário, que, por sua vez, se abre no topo da cabeça, mas tem a sua raiz energética situada dentro dela. Devido a essa ligação sutil, a pineal (também chamada de “epífise”) é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo nisso as projeções da consciência para fora do corpo físico.
* Chacra Frontal - é o centro de força situado na área da glabela, no espaço espiritual interno da testa. Está ligado à glândula hipófise (pituitária) e tem relação direta com os diversos fenômenos de clarividência, intuição e percepções parapsíquicas. É o chacra da aprendizagem e do conhecimento.
* Para melhor compreensão sobre as vibrações de Shiva, deixo alguns textos esclarecedores na seqüência (postados antes como textos periódicos do site ao longo dos anos).

NA SENDA DO DSICERNIMENTO COM SHIVA II

Shiva, meu amigo, ainda agora senti uma saudade grande das pradarias astrais e dos céus por onde voei outrora, na condição de espírito livre.
Fui tomado por um certa nostalgia espiritual, e logo lembrei-me de Você, o Senhor dos iogues e de todas as transformações nos planos fenomênicos da existência.
Então coloquei para tocar um Cd contendo o mantra Maha Mrityunjaya (1).
Ouvindo esse maravilhoso mantra, logo surgiu a vontade de escrever algo, e por isso vim para o note-book grafar algumas palavras de improviso.
Que Você me inspire a grafar palavras de luz, e que as mesmas possam viajar até os corações sensíveis à Paz e à Luz, levando aquela atmosfera espiritual que encanta e faz pensar na grandiosidade da vida em todos os planos.

* * *

Shiva, dizem que quando você bate a ponta de seu tridente no chão, surgem os raios que rasgam a escuridão no firmamento. Será por isso que alguns de seus clarões estão espocando dentro do meu chacra frontal agora?
Também dizem que Você é o grande transmutador interdimensional e que através de seu olho espiritual nada escapa à sua percepção cósmica. Será por isso que sinto agora os seus olhos interpenetrando os meus enquanto escrevo sem sequer pensar?
Sim, dizem muitas coisas a seu respeito, mas o que sinto agora é o seu silêncio atravessando os espaços e chegando quietinho aqui em meu coração. O que sinto é um abraço invisível, terno e firme, de Pai para filho, de Mestre para discípulo, de Espírito a espírito...

* * *

Penso em Você... O Amor me toca... as lágrimas rolam naturalmente, enquanto o meu coração se abre ao seu sopro divino. Então, escuto um coro de vozes angelicais entoando uma canção portentosa, que não entendo na mente, mas compreendo no coração e sei que atravessa os diversos planos levando as ondas de compaixão em Seu Nome.
Em algum lugar essa canção está erguendo muitos espíritos caídos nas trevas da ignorância e do apego após a morte. Não sei onde nem como, só sei que muitas consciências extrafísicas estão sendo desprendidas da crosta terrestre por intermédio dessa canção celeste, que não escuto com os ouvidos, mas dentro da consciência (2).
A canção aumenta, e percebo que ela agora varre até mesmo o meu corpo físico. Parece que uma energia branquinha viaja velozmente por dentro do meu corpo. Mergulho nessa sintonia e começo a sentir as emoções dos espíritos que estão sendo levados pela canção aos templos extrafísicos de cura. Mesmo ao longe e sem saber os motivos deles, percebo que estamos ligados na mesma assistência espiritual. Sinto suas emoções e passo junto com eles as dores de um parto consciencial, as mudanças de energias e suas transformações, os seus dramas e contendas, e a necessidade de se esquecer do passado e ascender a outras moradas na Casa do Pai Celestial.
Choro junto com eles, enquanto uma luz alaranjada sobe da base de minha coluna até o meio de minha testa, numa explosão suave de compaixão luminosa. Deixo que essa luz flua para eles com todos os meus melhores votos de melhoria. Não os vejo, e eles não me vêem, mas estamos ligados pela canção celeste que ecoa por entre os planos e corações sensíveis à Paz.

* * *

Shiva Nataraja (3), sua dança muda o padrão das energias e rasga os véus da ilusão (maya) que cegavam a mente e o coração. No seu movimento, os homens da Terra e do Espaço ascendem a climas melhores e encetam novos objetivos em seus rumos evolutivos.
Sabe, eu gostaria de poder passar para as pessoas as ondas de amor dessa canção que não se escuta por aqui. Essa mesma canção que não entendo, mas que o meu coração me diz que sua tradução espiritual seria mais ou menos assim:

“Levantem-se, ó filhos do Espírito Supremo!
É o Senhor Shiva que os convoca.
Venham ter com Ele nas pradarias celestes.
É hora de voltar para a casa de luz.
É hora de esquecer os dramas do passado.
É hora de ascender nesta canção.
Vocês são Shiva! A canção é Shiva!
Nós somos Shiva! Tudo é Shiva!
O Céu e a Terra, os homens e os espíritos, tudo é Shiva!
Tudo é Ele! Tudo é Ele! Tudo é Ele!”

* * *

Shiva, meu amigo, comecei a escrever falando de uma saudade espiritual, e ela se transformou em assistência espiritual, por sua obra e graça. E eu só tenho a lhe agradecer, pois a nostalgia passou, e agora ficou só o amor e essas lágrimas quietinhas que rolam pelas faces, limpando as energias antigas e renovando a expressão espiritual que emerge no brilho dos olhos e no rosto.
Lá fora o sol brilha no meio da tarde. Aqui dentro de casa é o meu rosto que brilha.
E em algum lugar do Astral, também brilham agora os rostos extrafísicos de muitos espíritos elevados pela música de Shiva.
Oxalá, esses escritos possam fazer brilhar os rostos dos leitores sensíveis à Luz da Espiritualidade (4).
Shiva, muito obrigado, querido.

P.S.: A primeira parte desse texto está postada na seção de textos periódicos de nosso site –www.ippb.org.br – É o texto número 407.

- Wagner Borges -
(Sujeito com qualidades e defeitos, 43 anos de “encadernação”, espiritualista consciente, que não segue nenhuma doutrina criada pelos homens da Terra, nem ocidental ou oriental, mas que tem muita sorte de pegar caronas espirituais nas vibrações dos espíritos legais de todas as linhas, para continuar viajando de mente e coração sempre abertos na sintonia sadia da Espiritualidade Maior).

São Paulo, 05 de novembro de 2004.

- Notas:
1. Esse mantra é considerado como evocativo da morte do ego (a alquimia interior, onde morre o homem enferrujado de ego sob o cadinho da iniciação espiritual, e renasce como homem dourado de amor e consciência).

Por ignorância, muitos têm medo deste mantra, pois o chamam de mantra da morte. Porém, como a consciência é imperecível, como poderia ela morrer? No caso, este mantra de Shiva, o destruidor dos egos, evoca a morte da ignorância e do apego humanos, no processo de renovação consciencial e ascensão espiritual. E essa morte é necessária!
Logo, que morra o nosso ego atormentado, e que Shiva venha nos ajudar nesta transmutação consciencial, para renascermos muito melhor, aqui e agora!
2. Lembro-me de que essa é uma semana energeticamente pesada, devido ao dia de finados, que foi há apenas três dias, mas que deixa formas-pensamento densas poluindo a atmosfera psíquica, mantendo muitos espíritos doentes agregados ao plano físico e à aura de seus entes-queridos, que inadvertidamente os atraem com seus apegos e dores mal resolvidas. E pior do que isso, por incrível que pareça, é o fato de vários estudantes espirituais também apresentarem o mesmo tipo de postura apegada, como se não soubessem que no cemitério só ficam os cadáveres, e que os espíritos ascenderam para aquelas muitas moradas do Pai Celestial, nos níveis extrafísicos.
Muitas vezes, ao falar sobre essa incoerência espiritualista na abordagem da morte, mero descarte do veículo de manifestação denso e evento normal na economia da natureza, sou criticado como se estivesse falando alguma besteira ou mesmo sendo radical nessa questão. No entanto, o que é estranho é o fato das pessoas estudarem os temas espirituais e falarem constantemente de vida após a morte, mas na hora em que perdem algum ente querido, elas se esquecem de tudo e evidenciam que seus estudos eram só teóricos, sem embasamento consciencial firme. Há alguns que, nessa hora, choram mais do que muitos materialistas e se revoltam, como se não soubessem da imortalidade da consciência. Outros vão ao cemitério visitar os cadáveres ocos de consciência, mesmo estudando espiritualmente, e ficam danados da vida quando alguém fala algo a respeito, como se eles mesmos não soubessem que o cemitério não é o lar de nenhum espírito, e que a vida continua... mesmo que muitos estudantes espirituais pareçam negar tudo por causa das emoções momentâneas de uma perda.
Sim, a vida continua além da queda do corpo, e a referência da pessoa amada que partiu não é a tumba número tal no cemitério do bairro. De jeito nenhum!
Quem quiser visitar a pessoa amada, que saia do corpo e vá visitá-la no plano astral, lar dos espíritos, sempre vivos.
3. Shiva: Na Cosmogonia hinduísta, o Divino é representado por três aspectos fenomênicos: Brahma - O Criador, Vishnu - O Preservador, e Shiva - O Transformador.
Shiva é o senhor de todas as transmutações na natureza, é o senhor das energias e de todo movimento vital. Em muitas representações simbólicas, Ele é representado como o "Nataraja", O Dançarino Divino que faz o universo vibrar e girar em sua eterna dança cósmica. Por isso algumas imagens O mostram dançando dentro de uma roda (o universo).
- Tridente de Shiva: Dentro do contexto hinduísta, as energias se manifestam no plano fenomênico da existência em três aspectos vibracionais: Rajas (atividade), Tamas (inércia) e Sattva (equilíbrio ou pureza).
O tridente que Shiva carrega, expressa essas três manifestações vitais (cada uma das pontas do tridente é uma das expressões energéticas). Sendo o Senhor das energias, nada mais natural do que Ele "portar nas mãos" o controle de suas manifestações.
Num contexto ainda mais esotérico, as três pontas do tridente também representariam os três nádis (condutos sutis – Ida, Píngala e Sushumna) que correm ao longo da coluna, e que são muito importantes na circulação da energia pelo corpo energético e nos processos de ascensão da Kundalini.
Inclusive, é muito comum vermos imagens de Shiva com diversas cobras najas penduradas pelo seu corpo. Elas representam a sabedoria, da qual Ele está repleto. Também representam a expansão da consciência (consciência cósmica, samadhi) nos processos ascensionais da Kundalini (Shakti).
Aqui por e-mail fica difícil explicar esses mecanismos bioenergéticos tão conhecidos dos iogues de todos os tempos e linhas.
Obs.: Alguns fundamentalistas cristãos associaram o tridente do Shiva e as cobras najas (que são apenas simbolismo iogue) à figura do diabo. E aí nem precisa dizer da confusão que eles fazem com isso, oriunda diretamente da falta de informação (ou, em alguns casos, de má intenção mesmo).
- Mahadeva: Maha: Grande, Vasto, Imenso – Deva: Divindade, Ser Celestial.
Logo, Mahadeva significa "Grande Divindade", "Grande Ser Celestial", "Grande Deus".
- O olho aberto na testa de Shiva representa o "olho espiritual", que tudo vê.
- OM: O Verbo Divino (Shabda ou Pranava), A Vibração do Todo permeando a tudo, o mantra que na tradição hinduísta é associado à vibração divina da palavra criadora do Supremo.
- Om Namah Shivaya: é um dos mantras evocativos de Shiva. É um dos mantras mais populares da Índia.

EXPLICAÇÃO SOBRE O MANTRA “MAHA MRITY UNJAY”

Dentro de cada um de nós existe um espaço de pura felicidade. Nenhum estresse. Nenhuma preocupação. Nenhuma doença. Somente felicidade. E é possível para nós nos conectarmos com esse espaço divino. Com uma técnica secular. O Mantra Maha Mrityunjay.
Um mantra tão poderoso que ao cantá-lo ele cria uma vibração divina no interior de nosso ser. Esta vibração acende um fogo interior que consome toda a nossa negatividade e purifica todo o nosso sistema, deixando-nos calmos, em paz, felizes.
Conforme o poderoso som cósmico deste mantra pulsa através de cada célula, cada molécula de nosso corpo, ele rasga o véu da ignorância que nos faz acreditar que nós somos incompletos. E nos torna conscientes da nossa própria divindade.
É um mantra que é tido como rejuvenescedor. Evoca saúde e riqueza. Uma vida longa. Paz. Prosperidade. Contentamento. Imortalidade. Diz-se que o entoar deste mantra cria um poderoso escudo protetor que afasta todo o mal. E acredita-se que protege aquele que o canta, contra acidentes e infortúnios de todo tipo. Diz-se também que ele tem um poderoso efeito curativo sobre as enfermidades.
É uma oração para o Senhor Shiva, o mais poderoso, o mais inacessível e ao mesmo tempo, o mais “bhola” (inocente) dos Deuses. O Criador. O Destruidor. O Asceta. O objetivo do sadhana (disciplina espiritual).
Conhecido como o Mantra Moksha (Libertação) do Senhor Shiva, o Maha Mrityunjay evoca o Shiva interior e afasta o medo da morte, liberando-nos do ciclo da morte e do renascimento.
Quando cantar: É de grande benefício cantar este mantra com amor e devoção no Brahma Muhurata. Mas você também pode cantá-lo a qualquer momento num ambiente puro, com benéficos resultados.

MAHA MRITYUNJAY

Om Tryambakam Yajamahe

Sugandhim Pusti-vardhanam

Urva-rukam-iva Bandhanat

Mrtyor-Muksiya ma-mrtat

TRADUÇÃO DO MANTRA

SIGNIFICADO:

OM. Nós veneramos o Senhor Shiva (aquele dos três olhos) que é cheio de fragrância e que nutre todos os seres; que Ele possa me libertar da morte, em favor da imortalidade, assim como o pepino maduro é arrancado da sua prisão - da trepadeira.

Este mantra é uma oração ao Senhor Shiva que é invocado como Sankara e Trayambaka. Sankara é Sama (bençãos) e Kara (o doador). Trayambaka é aquele dos três olhos (onde o terceiro olho significa o doador da sabedoria que destrói nossa ignorância e nos liberta do ciclo da morte e do renascimento).

4. Concluindo esses escritos, posto na seqüência um texto extraído do meu livro “Viagem Espiritual III”, devido a sua correlação com estes textos atuais.

DESPERTANDO AS CONSCIÊNCIAS

As pessoas que vivem na Terra sem a noção da própria imortalidade (e dos potenciais espirituais residentes nelas mesmas) são verdadeiros cadáveres ambulantes.
Quando a morte secciona o cordão prânico* e desativa seus invólucros densos, essas pessoas não flutuam para as dimensões espirituais. Pelo contrário, ficam manietadas às vibrações da Mãe Terra. São tomadas, então, de estranha inércia consciencial, verdadeiro "coma espiritual", permanecendo alheias à vida interdimensional.
Porém, o "PAI-ESPÍRITO" as quer de volta ao plano espiritual. Ele diz: "Chega de ego e de inércia! ACORDEM!"
O som tonitroante de Brahman vai direto a seus centros cardíacos, despertando-as para a realidade da consciência solta além da matéria.
Abençoados são aqueles que conhecem um pouco da Espiritualidade, pois já se livraram da doença espiritual da inércia e sabem que a vida é infinita e que apresenta bilhões de possibilidades de crescimento.
ESSES ESTÃO ACORDADOS!

OM TAT SAT! (2)

- Old Star (3) -

(Recebido espiritualmente por Wagner Borges - Texto extraído do livro "Viagem Espiritual III" - Editora Universalista - 1988).

- Notas:

1. Cordão prânico: cordão de prata; é o elo de ligação entre o corpo sutil e o corpo denso.
2. Om Tat Sat (do sânscrito): Tríplice designação de Brahman, O Supremo, O Absoluto, O Grande Arquiteto Do Universo. Como mantra, pode ser usado na concentração e ativação dos chacras.
3. Old Star (do inglês): "Velha estrela". O amparador hindu que me passou este texto, prefere se chamar assim, em inglês mesmo. "Velha estrela" significa alguém que veio das estrelas e que é muito antigo no trabalho espiritual.

CANÇÃO DA LIBERTAÇÃO
(O Chamado de Shiva, O Supremo Transmutador*)

Lá vem Ele, o Senhor das Transformações...
Lá vem Ele... Shiva!
O Senhor dos iogues...
O Senhor das energias...

Quando Ele balança sua cabeça, para ver em todas as direções, Dos seus cabelos molhados se desprendem milhares de gotinhas luminosas, Que entram pela terra, principalmente no solo dos cemitérios, E no espaço dos crematórios...

E suas gotinhas vão limpando a terra,
Lavando os elementos subterrâneos...
E soltando os espíritos cativos, presos à Terra.

Ele é o rompedor das ligações vitais,
O Supremo transmutador...

Ele anda pelos cemitérios sepultando as vaidades humanas E libertando os espíritos...

Ele é a chama que consome os cadáveres na cremação, E desprende os espíritos, de volta para casa, no Eterno...

Lá vai Ele, O Supremo Destruidor da ignorância...
Lá vai Ele...

Os seus olhos são semelhantes a dois sóis, Mas, é o terceiro olho que brilha mais.
É o terceiro olho, o portal para outras realidades...

A Canção de Shiva é a canção da liberdade e da imortalidade!

Lá vai Ele, soltando os espíritos...
Lá vai Ele, despertando-os para outras realidades, Além da carne, na luz da imortalidade.

Lá vai Ele, Om Namah Shivaya!
Lá vai Ele...

P.S.: Essa canção me foi passada espiritualmente por um dos amparadores extrafísicos do grupo dos Iniciados, durante um trabalho de ativação de chacras e de irradiação de energias, realizado com os 140 participantes do grupo de estudos e assistência espiritual do IPPB.
Agradeço a minha amiga Elza, por ter gravado o momento e depois ter disponibilizado o seu tempo para transcrevê-la.

- Wagner Borges –
São Paulo, 29 de junho de 2005.

- Nota:
* Para melhor compreensão do leitor sobre Shiva e o mantra Om Namah Shivaya, deixo na seqüência um texto esclarecedor (já postado pelo site há alguns anos):

SHIVA, O TRANSMUTADOR INTERDIMENSIONAL

Dizem que o Sr. Shiva* é o senhor dos crematórios (e dos cemitérios).
Mas não é que Ele goste de cadáveres. É somente porque Ele é o TRANSFORMADOR DAS CONSCIÊNCIAS, o rompedor de cordões de prata, o transmutador interdimensional que leva as almas de volta para a casa espiritual.
E tem mais: Ele também é conhecido como o destruidor (dos egos). É por Sua ação (carma) que a arrogância dos homens é detonada. E é também por Seu amor, que a vida é renovada e os homens têm novas oportunidades de crescimento.
Ele anda por entre os restos mortais dos homens, mas porta a VIDA!
Ele rompe os cordões de prata, mas está cheio de compaixão.
Ele leva as almas para o plano espiritual, mas está sorrindo por entre as dimensões.
Ele é o Sr. Shiva, senhor da vida e da morte dos homens, e não é possível defini lo pelos limitados parâmetros humanos.
Só se sabe que Ele anda pelos crematórios e cemitérios "queimando e enterrando" as vaidades humanas e desprendendo as almas com Sua energia purificada.
Ele é o destruidor (de corpos) e purificador das almas.
Em suma, Ele é movimento interdimensional de todos os seres.

OM NAMAH SHIVAYA!

- Wagner Borges -

- Nota:
* Shiva (do sânscrito): no Hinduísmo, O Divino é representado em três aspectos fenomênicos em sua manifestação vital: Brahma (O Criador), Vishnu (O Preservador) e Shiva (O Transformador).
Normalmente Ele é traduzido como o Destruidor Divino, pois é por sua ação que ocorre a transformação dos elementos, energias e consciências. Aquilo que é criado e preservado, um dia morrerá, para poder renascer e seguir o fluxo evolutivo. No entanto, nada no universo morre realmente, só há mudança de plano e padrão vibracional. A energia não nasce e nem morre, só é transformada.
Shiva é o representante divino dessa transformação inexorável de todas as coisas. Ele também é conhecido como "NATARAJA", o Divino Dançarino. Ele dança na luz e faz a roda da existência mover-se no infinito. Por isso, Ele sempre é associado a eventos de transmutação interdimensional e consciencial.
O mantra dessa ação transformadora de Shiva é "OM NAMAH SHIVAYA".

TAJ MAHAL, UMA HISTÓRIA DE AMOR!!!



TAJ MAHAL - UMA HISTÓRIA DE AMOR

Como todas as histórias, esta também começa da mesma maneira... Era uma vez um príncipe chamado Kurram que se enamorou por uma princesa aos quinze anos de idade. Reza a história que se cruzaram acidentalmente, mas seus destinos ficaram unidos para todo o sempre. Após uma espera de cinco anos, durante os quais não se puderam ver uma única vez, a cerimônia do casamento teve lugar do ano de 1612, na qual o imperador a rebatizou de Mumtaz Mahal ou "A eleita do palácio". O Príncipe, foi coroado em 1628 com o nome Shah Jahan, "O Rei do Mundo" e governou em paz.
Quis o destino que Mumtaz não fosse rainha por muito tempo. Ao dar à luz o 14º filho de Shah Jahan, morreu aos trinta e nove anos em 1631. O Imperador ficou tremendamente desgostoso e inconsolável e, segundo crônicas posteriores, toda a corte chorou a morte da rainha por dois anos. Durante esse período, não houve música, festas ou celebrações de espécie alguma em todo o reino.
Shah Jahan ordenou, então, que fosse construído um monumento sem igual, para que o mundo jamais pudesse esquecer. Não se sabe ao certo quem foi o arquiteto, mas reuniram-se em Agra as maiores riquezas do mundo. O mármore fino e branco das pedreiras locais, jade e cristal da China, turquesa do Tibet, lápis - lazúli do Afeganistão, ágatas do Yemen, safiras do Ceilão, ametistas da Pérsia, corais da Arábia Saudita, quartzo do Himalaia, âmbar do Oceano Índico.




Surge assim o Taj Mahal. O seu nome é uma variação curta de Mumtaz Mahal, o nome da mulher cuja a memória preserva. O nome "Taj", é de origem persa, que significa coroa. "Mahal" é arábico e significa lugar. Devidamente enquadrado num jardim simétrico, tipicamente muçulmano, dividido em quadrados iguais cruzado por um canal ladeado de ciprestes onde se reflete a sua imagem mais imponente. Por dentro, o mausoléu é também impressionante e deslumbrante. Na penumbra, a câmara mortuária está rodeada por finas paredes de mármore incrustado com pedras preciosas que formam uma cortina de milhares de cores. A sonoridade do interior, amplo e elevado é triste e misterioso, como um eco que soa e ressoa sem nunca se deter.




Sobre o edifício surge uma cúpula esplendorosa, que é a coroa do Taj Mahal. Esta é rodeada por quatro cúpulas menores, e nos extremos da plataforma sobressaem quatro torres que foram construídas com uma pequena inclinação, para que em caso de desabamento, nunca caíssem sobre o edifício principal.
Os arabescos exteriores são desenhos muçulmanos de pedras semipreciosas incrustadas no mármore branco, segundo uma técnica Italiana utilizada pelos artesãos hindus. Estas incrustações eram feitas com tamanha precisão que as juntas somente se distinguem à lupa. Uma flor de apenas sete centímetros quadrados pode ter até sessenta incrustações distintas. O rendilhado das janelas foi trabalhado a partir de blocos de mármore maciço.




Diz-se que o imperador Shah Jahan queria construir também o seu próprio mausoléu. Este seria do outro lado do rio. Muito mais deslumbrante, muito mais caro, todo em mármore preto, que seria posteriormente unido com o Taj Mahal através de uma ponte de ouro. Tal empreendimento nunca chegou a ser levado a cabo. Após perder o poder, o imperador foi encarcerado no seu palácio e, a partir dos seus alojamentos, contemplou a sua grande obra até à morte. O Taj Mahal foi, por fim, o refúgio eterno de Shah Jahan e Mumtaz Mahal. Posteriormente, o imperador foi sepultado ao lado da sua esposa, sendo esta a única quebra na perfeita simetria de todo o complexo do Taj Mahal.
Após quase quatro séculos, milhões de visitantes continuam a reter a sua aura romântica... o Taj Mahal, será para todo o sempre um lágrima solitária no tempo.

Obvious
Publicado por Benjamin Junior em Artes e Ideias


sábado, 5 de julho de 2014

SIMBOLOGIA DAS CORES DAS FLORES DE LÓTUS:




As flores podem ser de várias cores, como púrpuras, laranjas, amarelas, brancas, rosas, azuis e vermelhas, porém no Budismo, apenas cinco cores carregam um significado específico. Veja quais são elas:


Flor de Lótus Púrpura

A lótus púrpura é conhecido como o lótus místico, representada apenas em algumas seitas esotéricas budistas. Pode ser representado de diversas maneiras, podendo estar em botão ou com as pétalas abertas. Ele pode estar sustentado por uma única haste, uma haste tripla, que simboliza as três partes do Garbhadhatu (que são Vairocana, lótus e vajra), ou uma haste quíntuplo que simboliza os cinco conhecimentos de Vajradhatu.
As oito pétalas novamente simbolizam o Nobre Caminho Óctuplo, um dos principais ensinamentos do Buda e também as oito principais divindades dos mandalas. As flores de lótus roxas também podem estar representadas sobre uma bandeja ou um copo como um símbolo de homenagem.


Flor de Lótus Branco

A lótus branca simboliza um corpo puro, mente e espírito, juntamente com a perfeição espiritual e uma pacificação da própria natureza. A flor de lótus normalmente tem oito pétalas, o que corresponde ao Nobre Caminho Óctuplo. É o lótus branco que se encontra no centro da Mandala Garbhadhatu, representando o embrião do mundo. O lótus branco é considerado o lótus dos Budas (mas não o próprio Buda) por causa do simbolismo acima referido associado a ele.


Flor de Lótus Azul

A lótus azul simboliza a vitória do espírito sobre os próprios sentidos materiais. Também simboliza a sabedoria, o conhecimento e a inteligência. É sempre representado como um broto parcialmente aberta – o que significa que o conhecimento jamais acaba e que deve ser contínuo. Ao contrário do lótus vermelho, seu núcleo nunca é visto. É o lótus de Manjusri, e também um dos atributos de Paratacamita, a personificação da “perfeição da sabedoria”.


Flor de Lótus Vermelha

A lótus vermelha simboliza a natureza original do coração. É o símbolo do amor, compaixão, paixão e outras emoções associadas ao coração. O lótus vermelho é geralmente representado com suas pétalas abertas, simbolizando a beleza e a doação de um coração. Também está associado a Avalokitesvara, O Buda da Compaixão.


Flor de Lótus Rosa

A lótus rosa é o lótus supremo e é frequentemente associado com a mais alta divindade, ou seja, o próprio Buda. Embora muitas vezes confundida com a lótus branco, que geralmente é usado para outras divindades, é a flor de Lótus da cor rosa que simboliza o verdadeiro Buda.


Flor de Lótus Amarela

Embora a lótus amarela não esteja entre as cores escolhidas pelo budismo, não podemos negar que também são muito belas. Amarelo é a cor do sol, da energia, da felicidade. É uma cor brilhante, alegre, que simboliza o luxo – é como estar em festa a cada dia e também associada com a parte intelectual da mente e a expressão de nossos pensamentos.

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