segunda-feira, 11 de agosto de 2014
SIDDHARTA GAUTAMA - O BUDA
A iluminação de Buda ao enfrentar seu ego
"Buda" é um título dado na Filosofia Budista para àqueles que despertaram plenamente para a verdadeira natureza dos fenômenos daquilo que chamamos de realidade e se puseram a divulgar tal descoberta aos demais seres.
Siddhartha Gautama, foi um príncipe da região do atual Nepal, buscador da verdade, e eventualmente tornou-se um professor espiritual daquilo que ele havia re-descoberto em si mesmo. É popularmente conhecido como O Buda, que significa "aquele que despertou". Seus ensinamentos deram origem ao budismo, mas ao contrário do que muitos pensam, ele não é o fundador do mesmo. Nas palavras do próprio Buda, como é dito através do Sutra do Diamante:
"Nunca pense que eu acredito que devo estabelecer um sistema de ensino para ajudar as pessoas a entenderem o caminho. Nunca divida tal pensamento. O que eu proclamo é a verdade como eu descobri. Um sistema de ensino não tem nenhum significado, porque a verdade não pode ser quebrada em pedaços e ser disposta em um sistema."
Existe muita discussão sobre se o budismo é uma religião ou é uma filosofia. Ao meu ver, é ambos, pois o termo religião vem do latim "religare", que significa "religação", e a religação com a nossa essência é uma das buscas dos budistas. Outro pronto é que em qualquer religião há filosofia, mas a diferença é que no budismo é transmitida a ideia de que não devemos nos apegar a crenças, no sentido de não nos atermos apenas a elas. Além do mais é uma religião não-deísta, ou seja, não tem como base em suas estruturas nem narrar a formação do mundo, nem apresentar seres superiores e buscar favores deles ou sequer entender esse Deus ou deuses, simplesmente por que não temos como conhecer tudo.
O budismo poderia também ser melhor descrito como uma ciência da mente, assim como a psicologia, já que busca compreender nossos processos mentais, e como podemos aprender a lidar com eles e até mesmo transcender o controle que alguns processos tem sobre nós.
Muitos dos que rotulam o budismo como sendo uma religião igual a qualquer outra, são pessoas que se dizem ateus, mas que na realidade são anti-religião, onde ao ligarem-se demais ao materialismo das coisas não conseguem vislumbrar a profundidade daquilo que eles não compreendem de maneira intelectual.
Simbologia das histórias
É importante entender que não se deve interpretar literalmente as histórias de Buda, assim como a de Jesus e Krishna, pois elas são muitas vezes representações metafóricas de processos mentais. Também ocorre que quando se deseja expressar alguma ideia complexa de ser explicada usando as palavras, é preciso usar símbolos que as pessoas possam entender, ou pelo menos ajuda-las a ter uma noção do que se está falando.
Uma curiosidade interessante relacionada ao assunto é o fato do personagem principal da "Trilogia Matrix ", Neo (One = Um), ser uma referência evidente ao Buda, devido a história do personagem ter diversas semelhanças, como a busca pela iluminação, a idolatria que o povo de Zion tinha por ele, na esperança de uma libertação, no final do filme Neo percebe que ele é um com a Fonte ao integrar o Agente Smith(que representa o Ego, ou a Sombra de Neo) em si mesmo.
O ator que interpreta o Neo, Keanu Reeves, também interpreta Siddhartha em um filme de 1993, "O Pequeno Buda"(Filme completo no final do artigo). No segundo filme "Matrix: Reloaded", Neo encontra o Arquiteto, o criador da ilusão, algo parecido acontece no filme "O Pequeno Buda", Buda encontra seu "falso eu"(a identificação com a forma, o ego) e chama-o de "arquiteto" também.
Ego pode significar muitas coisas: Algumas pessoas usam para se referir ao lado "problemático" da mente, aquele que sucumbe facilmente à ganância, gula, luxúria, ódio, preguiça, inveja e vaidade/orgulho. Sigmund Freud veio com um novo conceito sobre o ego, como sendo a identificação com determinado processo da mente, que seria a objetificação do "Eu". Carl Jung usou para definir a estrutura da mente humana, a qual se encontra dentro de uma estrutura maior.
Quando vemos o ego como algo "problemático" o que sentimos imediatamente é a vontade de separa-lo, exclui-lo, mas isso só ira gerar mais conflito. O ego não é um inimigo, a não ser que você faça ele um. É apenas um processo mental, o qual valorizamos muito mais do que outros, e com isso acabamos por dar boa parte do nosso poder para essa parte de nossa mente nos controlar. O que precisamos fazer é tomar consciência da estrutura mental que construirmos, e podemos fazer isso de maneira eficiente através auto-observação, ou qualquer observação na verdade, pois é essa a nossa essência, O Observador. Isso que é transcender o ego, não é destruí-lo, mas compreender porque ele existe, e usa-lo com sabedoria. E ninguém pode fazer isso por você, você precisa entender isso por si mesmo, o máximo que as pessoas podem lhe fazer é dar exemplos e destacar alguns pontos, mas você que precisa conecta-los.
Nas palavras de Lao Tzu: "A verdade não pode ser dita, se for dita, não é a verdade".
DOCUMENTÁRIO: The Buddha (2010)
SINOPSE: Documentário do premiado diretor David Grubin, narrado por Richard Gere, que conta a história da vida do Buda, uma jornada especialmente relevante para os nossos próprios tempos difíceis de mudanças violentas e confusão mental. Ele apresenta o trabalho de alguns dos maiores artistas e escultores do mundo, que nos últimos dois mil anos vem retratando a vida do Buda em obras de arte ricas em beleza e complexidade. Budistas contemporâneos, como o poeta ganhador do prêmio Pulitzer, W.S. Merwin, e sua santidade o Dalai Lama, revelam insights que tiveram a partir da antiga narrativa sobre a vida do príncipe indiano Siddhartha Gautama, que abandou todo o luxo, conforto e ilusão da vida palaciana e partiu numa busca espiritual que o levaria à iluminação.
FILME: O Pequeno Buda (Little Buddha - 1993)
"Little Buddha" é um filme que aborda a história de Siddhartha Gautama, que é contada para uma criança que acredita-se ser a reencarnação de um grande monge.
O filme é direcionado para crianças, aborda o tema de maneira bem básica e simplificada, mas é muito interessante para quem não conhece a história e a filosofia Budista.
SINOPSE: Um dia, ao voltar para casa, o arquiteto Dean Conrad (Chris Isaak) encontra dois monges budistas tibetanos, Lama Norbu e Kenpo Tensin, sentados na sua sala de estar, conversando com Lisa, sua esposa. Guiados por vários sonhos perturbadores, os monges viajaram do Nepal até Seattle pois acreditam que um garoto de 10 anos, Jesse, o filho de Dean, possa ser a reencarnação de Lama Dorje, um lendário e místico budista. Inicialmente Dean e Lisa ficam céticos, especialmente quando os monges manifestam interesse em levar Jesse para o Butão, na intenção de comprovar ou não se ele é a reencarnação de Lama Dorje. Porém após o suicídio de Even, um sócio de Dean, este muda de ideai. Após deixar Lisa nos Estados Unidos, Dean viaja com o filho para o Butão.
DOCUMENTÁRIO: A Vida de Buda (BCC)
SINOPSE: Este documentário recria a vida de alguém que nunca quis ser venerado como um Deus, mas que mudou para sempre a história da humanidade em busca de paz e felicidade eterna. Quinhentos anos antes de Cristo um jovem príncipe deixou seu palácio e iniciou uma viagem pelo norte da Índia. Suas experiências definiram uma filosofia de vida que hoje tem mais de 400 milhões de praticantes. A filosofia Budista cresce dia após dia e mais pessoas, cada vez mais jovens, se interessam sobre os ensinamentos de Buda.
No início do século XIX, um grupo de arqueólogos e exploradores ocidentais encontrou em Lumbini, um pequeno povoado do Nepal, o lugar de nascimento de Buda, o que os permitiu descobrir alguns segredos de sua vida. Uma pesquisa profunda, com testemunhos de especialistas e as últimas descobertas arqueológicas.
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©2013 Solange Christtine Ventura
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sábado, 2 de agosto de 2014
OSHO E O DAIME:
CAPÍTULO 7. Osho e o Daime
“O inesperado é sempre maior do que o surpreendente”
(Audição psíquica de Julio da Mata).
Há uma intensa ligação relação entre os trabalhos de meditação do mestre hindu Bhagwan Shree Rajneesh (Osho) e o Santo Da...ime. Pude comprovar este fato num trabalho.
Senti uma súbita vontade de sair da Igreja. Sem saber o porque, parei perto de uma construção chamada “Casinha das Crianças”, onde elas são assistidas durante os trabalhos. Subitamente, “o ar se rasgou” e surgiu dentro dele a figura sorridente do Osho. Ele fez um leve aceno com as mãos (unidas como que em prece) em direção à cabeça e pude perceber até o detalhe de dois frisos prateados nos punhos de sua bata negra de um tecido trabalhado. Ele disse: -Vim cumprimentá-lo porque você foi aceito em nossa Escola Iniciática! Escola Iniciática sim! O Santo Daime é uma Escola Iniciática e você foi aceito como discípulo! Vim para lhe mostrar algumas coisas que você já leu nos meus livros mas que nunca experenciou! Vou lhe mostrar que a mente é o único empecilho que impede o homem da comunhão com o divino. Ele levou o dedo indicador na minha terceira visão (é o que se chama do toque do Mestre) e ato contínuo, a minha mente simplesmente parou!...
Eu percebia tudo a minha volta mas não emitia nenhum conceito. Eu era só um observador! Um atento observador que tudo compreendia, que não comparava e que nada julgava. Ele pediu que eu tocasse a árvore à minha frente. Quando toquei a árvore eu me transformei nela. Eu era ela e ela era eu. Senti meu cabelo crescer e se transformar na copa e meus pés se enraizarem pelo chão. Percebi o movimento rítmico de sucção da seiva subindo e descendo, tal qual uma respiração. A árvore não tinha identidade. Ela era tudo. Ela era o Todo. Ela era a Terra. Era o céu e as estrelas. Ela era eu. Então o Osho me pediu que tocasse numa pequena planta que crescia perto dali junto ao Cruzeiro das Almas da Igreja. Ao aproximar a minha mão eu senti a aura dela. Não era uma energia estática como eu imaginava, era pulsante! Mas eu não sentia a aura da planta e sim a emanação do Criador vibrando naquela planta!
Neste instante surgiu um “fiscal” (elemento incumbido de manter a organização do ritual), que pediu de forma indelicada que não me demorasse fora da Igreja porque ali eu poderia “pegar um obsessor”. Que o trabalho sempre se fazia dentro da Igreja. O olhar dele em minha direção atuou de tal forma sobre mim que eu me senti “descer” ao corpo vertiginosamente com o coração em disparada. E a mente retornou. Então Osho pediu que eu dissesse ao fardado que eu já tinha sido tomado pelo pior obsessor disponível! Ele! Desejei que Osho nada dissesse. Então ele apontou para o meu coração e disse ao fiscal: - O trabalho é sempre aqui! O fardado pareceu nada entender e se retirou. Então ele me pediu que quando eu usasse uma estrela (em referência a ser um dia um fardado, um participante da Igreja), que não a usasse no peito, mas sim na testa! Osho esclarecia que apesar da estrela estar no peito ela é a estrela que brilha na consciência. Disse ainda que interrupções como a que ocorreu era uma das dificuldades necessárias que enfrenta todo aquele que se for aceito nesta Escola Iniciática.
E continuou: -Agora quero lhe mostrar as possibilidades da meditação em grupo! Ele projetou-me novamente fora do corpo e me vi pairando acima da Igreja. O telhado dela pareceu ficar transparente e vi o movimento ondulatório do bailado no centro do salão da Igreja criar um círculo de energia que pulsava em sincronismo com os hinos que eram cantados. O canto e a dança se condensavam no meio da mesa, e formavam um cipó trançado de cores azul e branca que subia até o astral superior e produziam clarões que se transformavam em fluidos resplandecentes. Por esta corrente de luz desciam benefícios aos participantes que estavam sintonizados com a luz. O Osho uniu novamente as mãos em frente a testa e com leve sorriso, “se dissolveu”.
Tempos depois chegou às minhas mãos um exemplar do livro que eu nunca lera chamado “Meditação. A Arte do Êxtase. (Editora Cultrix- Pensamento), que descrevia a meditação em grupo de modo muito semelhante ao que eu vira no trabalho.
Este fato me serviu como confirmação de que o Santo Daime é uma Escola com um Mestre vivo e não um produto de experiências acumuladas na mente.
O encontro com Osho me fez pensar muito se o Daime seria ou não um alucinógeno. Lembrava-me de um texto em que ele comentava sobre o LSD e concluía dizendo que “a realização existe quando se dá um salto, quando não se é mais a mesma pessoa, que tenha mudado conscientemente e que esta mudança venha a partir do nosso esforço”.
Ora, esta é a exata definição de um trabalho com o Santo Daime. Então conclui que o Daime não poderia ser um alucinógeno!.
Após outras experiências, eu poderia descrever melhor este estado de não mente.
NOTA DO CAPÍTULO 7: HINO EM HOMENAGEM A OSHO
Os fatos importantes vividos pelo Buscador normalmente são registrados em Hinos se o buscador já tiver esta “canalização”..
Isto aconteceu no Hino 74 do Hinário “Luz do Infinito” de Julio da Mata.
O link para audição é:
https://www.dropbox.com/s/vg84qv881zhrgd5/74-%20O%20rebelde.mp3
...
074- O REBELDE
(Dedicado ao Osho)
Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan que nunca nasceu.
Raiou entre nós no oriente,
Iluminou o ocidente e desapareceu.
Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan que nunca morreu.
Nos revela armadilhas da mente
Em seu olhar ardente
A chama de Deus.
Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan no Daime eu vi.
Criativo, rebelde e moderno,
Me mostrou o eterno
E o samadhi.
Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan com Juramidã!
Novo sannyas, real consciência,
Santo Daime
É a ciência da meditação.
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centroflordejasmim@gmail.com
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