sábado, 2 de agosto de 2014

OSHO E O DAIME:


CAPÍTULO 7. Osho e o Daime

“O inesperado é sempre maior do que o surpreendente”
(Audição psíquica de Julio da Mata).

Há uma intensa ligação relação entre os trabalhos de meditação do mestre hindu Bhagwan Shree Rajneesh (Osho) e o Santo Da...ime. Pude comprovar este fato num trabalho.

Senti uma súbita vontade de sair da Igreja. Sem saber o porque, parei perto de uma construção chamada “Casinha das Crianças”, onde elas são assistidas durante os trabalhos. Subitamente, “o ar se rasgou” e surgiu dentro dele a figura sorridente do Osho. Ele fez um leve aceno com as mãos (unidas como que em prece) em direção à cabeça e pude perceber até o detalhe de dois frisos prateados nos punhos de sua bata negra de um tecido trabalhado. Ele disse: -Vim cumprimentá-lo porque você foi aceito em nossa Escola Iniciática! Escola Iniciática sim! O Santo Daime é uma Escola Iniciática e você foi aceito como discípulo! Vim para lhe mostrar algumas coisas que você já leu nos meus livros mas que nunca experenciou! Vou lhe mostrar que a mente é o único empecilho que impede o homem da comunhão com o divino. Ele levou o dedo indicador na minha terceira visão (é o que se chama do toque do Mestre) e ato contínuo, a minha mente simplesmente parou!...

Eu percebia tudo a minha volta mas não emitia nenhum conceito. Eu era só um observador! Um atento observador que tudo compreendia, que não comparava e que nada julgava. Ele pediu que eu tocasse a árvore à minha frente. Quando toquei a árvore eu me transformei nela. Eu era ela e ela era eu. Senti meu cabelo crescer e se transformar na copa e meus pés se enraizarem pelo chão. Percebi o movimento rítmico de sucção da seiva subindo e descendo, tal qual uma respiração. A árvore não tinha identidade. Ela era tudo. Ela era o Todo. Ela era a Terra. Era o céu e as estrelas. Ela era eu. Então o Osho me pediu que tocasse numa pequena planta que crescia perto dali junto ao Cruzeiro das Almas da Igreja. Ao aproximar a minha mão eu senti a aura dela. Não era uma energia estática como eu imaginava, era pulsante! Mas eu não sentia a aura da planta e sim a emanação do Criador vibrando naquela planta!

Neste instante surgiu um “fiscal” (elemento incumbido de manter a organização do ritual), que pediu de forma indelicada que não me demorasse fora da Igreja porque ali eu poderia “pegar um obsessor”. Que o trabalho sempre se fazia dentro da Igreja. O olhar dele em minha direção atuou de tal forma sobre mim que eu me senti “descer” ao corpo vertiginosamente com o coração em disparada. E a mente retornou. Então Osho pediu que eu dissesse ao fardado que eu já tinha sido tomado pelo pior obsessor disponível! Ele! Desejei que Osho nada dissesse. Então ele apontou para o meu coração e disse ao fiscal: - O trabalho é sempre aqui! O fardado pareceu nada entender e se retirou. Então ele me pediu que quando eu usasse uma estrela (em referência a ser um dia um fardado, um participante da Igreja), que não a usasse no peito, mas sim na testa! Osho esclarecia que apesar da estrela estar no peito ela é a estrela que brilha na consciência. Disse ainda que interrupções como a que ocorreu era uma das dificuldades necessárias que enfrenta todo aquele que se for aceito nesta Escola Iniciática.

E continuou: -Agora quero lhe mostrar as possibilidades da meditação em grupo! Ele projetou-me novamente fora do corpo e me vi pairando acima da Igreja. O telhado dela pareceu ficar transparente e vi o movimento ondulatório do bailado no centro do salão da Igreja criar um círculo de energia que pulsava em sincronismo com os hinos que eram cantados. O canto e a dança se condensavam no meio da mesa, e formavam um cipó trançado de cores azul e branca que subia até o astral superior e produziam clarões que se transformavam em fluidos resplandecentes. Por esta corrente de luz desciam benefícios aos participantes que estavam sintonizados com a luz. O Osho uniu novamente as mãos em frente a testa e com leve sorriso, “se dissolveu”.
Tempos depois chegou às minhas mãos um exemplar do livro que eu nunca lera chamado “Meditação. A Arte do Êxtase. (Editora Cultrix- Pensamento), que descrevia a meditação em grupo de modo muito semelhante ao que eu vira no trabalho.
Este fato me serviu como confirmação de que o Santo Daime é uma Escola com um Mestre vivo e não um produto de experiências acumuladas na mente.

O encontro com Osho me fez pensar muito se o Daime seria ou não um alucinógeno. Lembrava-me de um texto em que ele comentava sobre o LSD e concluía dizendo que “a realização existe quando se dá um salto, quando não se é mais a mesma pessoa, que tenha mudado conscientemente e que esta mudança venha a partir do nosso esforço”.

Ora, esta é a exata definição de um trabalho com o Santo Daime. Então conclui que o Daime não poderia ser um alucinógeno!.

Após outras experiências, eu poderia descrever melhor este estado de não mente.

NOTA DO CAPÍTULO 7: HINO EM HOMENAGEM A OSHO

Os fatos importantes vividos pelo Buscador normalmente são registrados em Hinos se o buscador já tiver esta “canalização”..

Isto aconteceu no Hino 74 do Hinário “Luz do Infinito” de Julio da Mata.

O link para audição é:

https://www.dropbox.com/s/vg84qv881zhrgd5/74-%20O%20rebelde.mp3
...
074- O REBELDE
(Dedicado ao Osho)

Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan que nunca nasceu.
Raiou entre nós no oriente,
Iluminou o ocidente e desapareceu.

Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan que nunca morreu.
Nos revela armadilhas da mente
Em seu olhar ardente
A chama de Deus.

Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan no Daime eu vi.
Criativo, rebelde e moderno,
Me mostrou o eterno
E o samadhi.

Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan com Juramidã!
Novo sannyas, real consciência,
Santo Daime
É a ciência da meditação.
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centroflordejasmim@gmail.com

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