sábado, 11 de outubro de 2014

LOUVOR A BUDA SHAKYAMUNI - BUDISMO KADAMPA:




Sem a bondade dos Budas não conheceríamos as reais causas de felicidade nem as reais causas do sofrimento.

Buda ensinou que toda felicidade e sofrimento dependem da mente.

Mostrou como abandonar os estados mentais que causam sofrimento e como cultivar aqueles que causam felicidade.


Em outras palavras, ele ensinou métodos perfeitos para superarmos o sofrimento e alcançarmos a felicidade.

Ninguém mais ensinou esses métodos. Quão bondoso é Buda!

É por essa razão que os budistas Kadampa iniciam todas as suas práticas recitando essa prece especial para Buda, composta pelo Venerável Geshe Kelsang Gyatso.

Prece Libertadora

LOUVOR A BUDA SHAKYAMUNI

Ó Abençoado, Shakyamuni Buda,
Precioso tesouro de compaixão,
Concessor de suprema paz interior,

Tu, que amas todos os seres sem exceção,
És fonte de bondade e felicidade,
E nos guia ao caminho libertador.

Teu corpo é uma jóia-dos-desejos,
Tua fala é um néctar purificador e supremo
E tua mente, refúgio para todos os seres vivos.

Com as mãos postas, me volto para ti,
Amigo supremo e estável,
E peço do fundo do meu coração:

Por favor, concede-me a luz de tua sabedoria
Para dissipar a escuridão da minha mente
E curar o meu continuum mental.

Por favor, me nutre com tua bondade,
Para que eu possa, por minha vez, nutrir todos os seres
Com um incessante banquete de deleite.

Por meio de tua compassiva intenção,
De tuas bênçãos e feitos virtuosos
E por meu forte desejo de confiar em ti,

Que todo o sofrimento rapidamente cesse,
Que toda a felicidade e alegria aconteçam
E que o santo Darma floresça para sempre.

Composta pelo Venerável Geshe Kelsang Gyatso no Centro Manjushri, Inglaterra, Junho 2001
© Geshe Kelsang Gyatso and New Kadampa Tradition 2001

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ॐMaria Elisete Namastê Shlom... ॐ●•٠•˙

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

SIDDHARTA GAUTAMA - O BUDA







A iluminação de Buda ao enfrentar seu ego

"Buda" é um título dado na Filosofia Budista para àqueles que despertaram plenamente para a verdadeira natureza dos fenômenos daquilo que chamamos de realidade e se puseram a divulgar tal descoberta aos demais seres.

Siddhartha Gautama, foi um príncipe da região do atual Nepal, buscador da verdade, e eventualmente tornou-se um professor espiritual daquilo que ele havia re-descoberto em si mesmo. É popularmente conhecido como O Buda, que significa "aquele que despertou". Seus ensinamentos deram origem ao budismo, mas ao contrário do que muitos pensam, ele não é o fundador do mesmo. Nas palavras do próprio Buda, como é dito através do Sutra do Diamante:

"Nunca pense que eu acredito que devo estabelecer um sistema de ensino para ajudar as pessoas a entenderem o caminho. Nunca divida tal pensamento. O que eu proclamo é a verdade como eu descobri. Um sistema de ensino não tem nenhum significado, porque a verdade não pode ser quebrada em pedaços e ser disposta em um sistema."

Existe muita discussão sobre se o budismo é uma religião ou é uma filosofia. Ao meu ver, é ambos, pois o termo religião vem do latim "religare", que significa "religação", e a religação com a nossa essência é uma das buscas dos budistas. Outro pronto é que em qualquer religião há filosofia, mas a diferença é que no budismo é transmitida a ideia de que não devemos nos apegar a crenças, no sentido de não nos atermos apenas a elas. Além do mais é uma religião não-deísta, ou seja, não tem como base em suas estruturas nem narrar a formação do mundo, nem apresentar seres superiores e buscar favores deles ou sequer entender esse Deus ou deuses, simplesmente por que não temos como conhecer tudo.

O budismo poderia também ser melhor descrito como uma ciência da mente, assim como a psicologia, já que busca compreender nossos processos mentais, e como podemos aprender a lidar com eles e até mesmo transcender o controle que alguns processos tem sobre nós.

Muitos dos que rotulam o budismo como sendo uma religião igual a qualquer outra, são pessoas que se dizem ateus, mas que na realidade são anti-religião, onde ao ligarem-se demais ao materialismo das coisas não conseguem vislumbrar a profundidade daquilo que eles não compreendem de maneira intelectual.

Simbologia das histórias

É importante entender que não se deve interpretar literalmente as histórias de Buda, assim como a de Jesus e Krishna, pois elas são muitas vezes representações metafóricas de processos mentais. Também ocorre que quando se deseja expressar alguma ideia complexa de ser explicada usando as palavras, é preciso usar símbolos que as pessoas possam entender, ou pelo menos ajuda-las a ter uma noção do que se está falando.

Uma curiosidade interessante relacionada ao assunto é o fato do personagem principal da "Trilogia Matrix ", Neo (One = Um), ser uma referência evidente ao Buda, devido a história do personagem ter diversas semelhanças, como a busca pela iluminação, a idolatria que o povo de Zion tinha por ele, na esperança de uma libertação, no final do filme Neo percebe que ele é um com a Fonte ao integrar o Agente Smith(que representa o Ego, ou a Sombra de Neo) em si mesmo.

O ator que interpreta o Neo, Keanu Reeves, também interpreta Siddhartha em um filme de 1993, "O Pequeno Buda"(Filme completo no final do artigo). No segundo filme "Matrix: Reloaded", Neo encontra o Arquiteto, o criador da ilusão, algo parecido acontece no filme "O Pequeno Buda", Buda encontra seu "falso eu"(a identificação com a forma, o ego) e chama-o de "arquiteto" também.

Ego pode significar muitas coisas: Algumas pessoas usam para se referir ao lado "problemático" da mente, aquele que sucumbe facilmente à ganância, gula, luxúria, ódio, preguiça, inveja e vaidade/orgulho. Sigmund Freud veio com um novo conceito sobre o ego, como sendo a identificação com determinado processo da mente, que seria a objetificação do "Eu". Carl Jung usou para definir a estrutura da mente humana, a qual se encontra dentro de uma estrutura maior.

Quando vemos o ego como algo "problemático" o que sentimos imediatamente é a vontade de separa-lo, exclui-lo, mas isso só ira gerar mais conflito. O ego não é um inimigo, a não ser que você faça ele um. É apenas um processo mental, o qual valorizamos muito mais do que outros, e com isso acabamos por dar boa parte do nosso poder para essa parte de nossa mente nos controlar. O que precisamos fazer é tomar consciência da estrutura mental que construirmos, e podemos fazer isso de maneira eficiente através auto-observação, ou qualquer observação na verdade, pois é essa a nossa essência, O Observador. Isso que é transcender o ego, não é destruí-lo, mas compreender porque ele existe, e usa-lo com sabedoria. E ninguém pode fazer isso por você, você precisa entender isso por si mesmo, o máximo que as pessoas podem lhe fazer é dar exemplos e destacar alguns pontos, mas você que precisa conecta-los.

Nas palavras de Lao Tzu: "A verdade não pode ser dita, se for dita, não é a verdade".



DOCUMENTÁRIO: The Buddha (2010)







SINOPSE: Documentário do premiado diretor David Grubin, narrado por Richard Gere, que conta a história da vida do Buda, uma jornada especialmente relevante para os nossos próprios tempos difíceis de mudanças violentas e confusão mental. Ele apresenta o trabalho de alguns dos maiores artistas e escultores do mundo, que nos últimos dois mil anos vem retratando a vida do Buda em obras de arte ricas em beleza e complexidade. Budistas contemporâneos, como o poeta ganhador do prêmio Pulitzer, W.S. Merwin, e sua santidade o Dalai Lama, revelam insights que tiveram a partir da antiga narrativa sobre a vida do príncipe indiano Siddhartha Gautama, que abandou todo o luxo, conforto e ilusão da vida palaciana e partiu numa busca espiritual que o levaria à iluminação.



FILME: O Pequeno Buda (Little Buddha - 1993)







"Little Buddha" é um filme que aborda a história de Siddhartha Gautama, que é contada para uma criança que acredita-se ser a reencarnação de um grande monge.

O filme é direcionado para crianças, aborda o tema de maneira bem básica e simplificada, mas é muito interessante para quem não conhece a história e a filosofia Budista.

SINOPSE: Um dia, ao voltar para casa, o arquiteto Dean Conrad (Chris Isaak) encontra dois monges budistas tibetanos, Lama Norbu e Kenpo Tensin, sentados na sua sala de estar, conversando com Lisa, sua esposa. Guiados por vários sonhos perturbadores, os monges viajaram do Nepal até Seattle pois acreditam que um garoto de 10 anos, Jesse, o filho de Dean, possa ser a reencarnação de Lama Dorje, um lendário e místico budista. Inicialmente Dean e Lisa ficam céticos, especialmente quando os monges manifestam interesse em levar Jesse para o Butão, na intenção de comprovar ou não se ele é a reencarnação de Lama Dorje. Porém após o suicídio de Even, um sócio de Dean, este muda de ideai. Após deixar Lisa nos Estados Unidos, Dean viaja com o filho para o Butão.

DOCUMENTÁRIO: A Vida de Buda (BCC)

SINOPSE: Este documentário recria a vida de alguém que nunca quis ser venerado como um Deus, mas que mudou para sempre a história da humanidade em busca de paz e felicidade eterna. Quinhentos anos antes de Cristo um jovem príncipe deixou seu palácio e iniciou uma viagem pelo norte da Índia. Suas experiências definiram uma filosofia de vida que hoje tem mais de 400 milhões de praticantes. A filosofia Budista cresce dia após dia e mais pessoas, cada vez mais jovens, se interessam sobre os ensinamentos de Buda.

No início do século XIX, um grupo de arqueólogos e exploradores ocidentais encontrou em Lumbini, um pequeno povoado do Nepal, o lugar de nascimento de Buda, o que os permitiu descobrir alguns segredos de sua vida. Uma pesquisa profunda, com testemunhos de especialistas e as últimas descobertas arqueológicas.

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©2013 Solange Christtine Ventura
http://www.curaeascesao.com.br
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sábado, 2 de agosto de 2014

OSHO E O DAIME:


CAPÍTULO 7. Osho e o Daime

“O inesperado é sempre maior do que o surpreendente”
(Audição psíquica de Julio da Mata).

Há uma intensa ligação relação entre os trabalhos de meditação do mestre hindu Bhagwan Shree Rajneesh (Osho) e o Santo Da...ime. Pude comprovar este fato num trabalho.

Senti uma súbita vontade de sair da Igreja. Sem saber o porque, parei perto de uma construção chamada “Casinha das Crianças”, onde elas são assistidas durante os trabalhos. Subitamente, “o ar se rasgou” e surgiu dentro dele a figura sorridente do Osho. Ele fez um leve aceno com as mãos (unidas como que em prece) em direção à cabeça e pude perceber até o detalhe de dois frisos prateados nos punhos de sua bata negra de um tecido trabalhado. Ele disse: -Vim cumprimentá-lo porque você foi aceito em nossa Escola Iniciática! Escola Iniciática sim! O Santo Daime é uma Escola Iniciática e você foi aceito como discípulo! Vim para lhe mostrar algumas coisas que você já leu nos meus livros mas que nunca experenciou! Vou lhe mostrar que a mente é o único empecilho que impede o homem da comunhão com o divino. Ele levou o dedo indicador na minha terceira visão (é o que se chama do toque do Mestre) e ato contínuo, a minha mente simplesmente parou!...

Eu percebia tudo a minha volta mas não emitia nenhum conceito. Eu era só um observador! Um atento observador que tudo compreendia, que não comparava e que nada julgava. Ele pediu que eu tocasse a árvore à minha frente. Quando toquei a árvore eu me transformei nela. Eu era ela e ela era eu. Senti meu cabelo crescer e se transformar na copa e meus pés se enraizarem pelo chão. Percebi o movimento rítmico de sucção da seiva subindo e descendo, tal qual uma respiração. A árvore não tinha identidade. Ela era tudo. Ela era o Todo. Ela era a Terra. Era o céu e as estrelas. Ela era eu. Então o Osho me pediu que tocasse numa pequena planta que crescia perto dali junto ao Cruzeiro das Almas da Igreja. Ao aproximar a minha mão eu senti a aura dela. Não era uma energia estática como eu imaginava, era pulsante! Mas eu não sentia a aura da planta e sim a emanação do Criador vibrando naquela planta!

Neste instante surgiu um “fiscal” (elemento incumbido de manter a organização do ritual), que pediu de forma indelicada que não me demorasse fora da Igreja porque ali eu poderia “pegar um obsessor”. Que o trabalho sempre se fazia dentro da Igreja. O olhar dele em minha direção atuou de tal forma sobre mim que eu me senti “descer” ao corpo vertiginosamente com o coração em disparada. E a mente retornou. Então Osho pediu que eu dissesse ao fardado que eu já tinha sido tomado pelo pior obsessor disponível! Ele! Desejei que Osho nada dissesse. Então ele apontou para o meu coração e disse ao fiscal: - O trabalho é sempre aqui! O fardado pareceu nada entender e se retirou. Então ele me pediu que quando eu usasse uma estrela (em referência a ser um dia um fardado, um participante da Igreja), que não a usasse no peito, mas sim na testa! Osho esclarecia que apesar da estrela estar no peito ela é a estrela que brilha na consciência. Disse ainda que interrupções como a que ocorreu era uma das dificuldades necessárias que enfrenta todo aquele que se for aceito nesta Escola Iniciática.

E continuou: -Agora quero lhe mostrar as possibilidades da meditação em grupo! Ele projetou-me novamente fora do corpo e me vi pairando acima da Igreja. O telhado dela pareceu ficar transparente e vi o movimento ondulatório do bailado no centro do salão da Igreja criar um círculo de energia que pulsava em sincronismo com os hinos que eram cantados. O canto e a dança se condensavam no meio da mesa, e formavam um cipó trançado de cores azul e branca que subia até o astral superior e produziam clarões que se transformavam em fluidos resplandecentes. Por esta corrente de luz desciam benefícios aos participantes que estavam sintonizados com a luz. O Osho uniu novamente as mãos em frente a testa e com leve sorriso, “se dissolveu”.
Tempos depois chegou às minhas mãos um exemplar do livro que eu nunca lera chamado “Meditação. A Arte do Êxtase. (Editora Cultrix- Pensamento), que descrevia a meditação em grupo de modo muito semelhante ao que eu vira no trabalho.
Este fato me serviu como confirmação de que o Santo Daime é uma Escola com um Mestre vivo e não um produto de experiências acumuladas na mente.

O encontro com Osho me fez pensar muito se o Daime seria ou não um alucinógeno. Lembrava-me de um texto em que ele comentava sobre o LSD e concluía dizendo que “a realização existe quando se dá um salto, quando não se é mais a mesma pessoa, que tenha mudado conscientemente e que esta mudança venha a partir do nosso esforço”.

Ora, esta é a exata definição de um trabalho com o Santo Daime. Então conclui que o Daime não poderia ser um alucinógeno!.

Após outras experiências, eu poderia descrever melhor este estado de não mente.

NOTA DO CAPÍTULO 7: HINO EM HOMENAGEM A OSHO

Os fatos importantes vividos pelo Buscador normalmente são registrados em Hinos se o buscador já tiver esta “canalização”..

Isto aconteceu no Hino 74 do Hinário “Luz do Infinito” de Julio da Mata.

O link para audição é:

https://www.dropbox.com/s/vg84qv881zhrgd5/74-%20O%20rebelde.mp3
...
074- O REBELDE
(Dedicado ao Osho)

Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan que nunca nasceu.
Raiou entre nós no oriente,
Iluminou o ocidente e desapareceu.

Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan que nunca morreu.
Nos revela armadilhas da mente
Em seu olhar ardente
A chama de Deus.

Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan no Daime eu vi.
Criativo, rebelde e moderno,
Me mostrou o eterno
E o samadhi.

Bhagwan! Bhagwan! Bhagwan!
Bhagwan com Juramidã!
Novo sannyas, real consciência,
Santo Daime
É a ciência da meditação.
https://www.facebook.com/MergulhoNaLuz

centroflordejasmim@gmail.com

segunda-feira, 28 de julho de 2014

O AMOR E A BELEZA - RUMI





"Através da eternidade
A Beleza verifica sua forma requintada
Na solidão do nada;
Coloca um espelho ante seu Rosto
e contempla sua própria beleza.
Ele é o conhecedor e o conhecido,
o observador e o observado;
nenhum olho, exceto o Seu
tem observado este Universo.


Cada qualidade sua, encontra uma expressão:
A Eternidade torna-se campo verde de tempo e espaço;
Amor, é o jardim que dá vida, o jardim deste mundo.


Cada ramo, folhas e frutos
revelam um aspecto da sua perfeição:
Os ciprestes insinuam Sua Majestade,
As rosas dão boas novas à Sua beleza.


Sempre que a Beleza aparece
O Amor também está lá;
sempre que a Beleza exibe um rosto rosado,
O Amor acende seu fogo com essa chama.
Quando a Beleza mora nos vales escuros da noite
O Amor vem e encontra um coração
nos emaranhados dos cabelos.


A Beleza e o Amor são o corpo e a alma.
A Beleza é a mina, o Amor, o diamante.


Juntos, tem estado desde o início dos tempos,
lado a lado, passo a passo.


Deixe as suas preocupações
e tenha um coração completamente limpo,
como a superfície de um espelho
que não contém imagens.


Se você quiser um espelho claro,
contemple-se e olhe para a verdade,
sem vergonha,
refletida pelo espelho.


Se o metal pode ser polido
até se assemelhar a um espelho,
que polimento pode precisar
o espelho do coração?


Entre o espelho e o coração
esta é a única diferença:


O coração oculta segredos.
mas o espelho não."
-Mevlana J. Rumi -
( The Divani Shamsi Tabriz XIII)

sábado, 12 de julho de 2014

NAS LUZES DE SHIVA, O MAHADEVA!!!



Lá das plagas celestes do Oriente, ecoa um chamado sutil. O senhor das energias convoca os homens e os espíritos para a realização do Darma.
Flui um perfume espiritual pelo ar... é sândalo!
Então, uma luz branquinha desce do céu e entra pelo topo da cabeça, ativando o lótus das mil pétalas. Em seguida, ela se espraia para baixo, por todos os chacras, varrendo o interior do corpo e despertando as energias. Por sua ação, instala-se um estado vibracional, pois é hora de dançar na luz!
Ao mesmo tempo, surge um olho aberto no centro do frontal. E, no coração surge um canto sutil:
“OM NAMAH SHIVAYA... OM NAMAH SHIVAYA... OM NAMAH SHIVAYA…”

Na esteira de suas vibrações, miríades de seres espirituais se tornam seus avatares e passam também a propagar a luz sutil. E, onde ela chega, tudo se transforma.
Sim, por onde a onda luminosa de Shiva passa, as correntes do ódio e do apego se rompem. Sob sua ação, o passado se esvai... E o que fica é a liberdade de seguir em frente, surfando nas ondas da evolução, para crescer...
Em todos os planos é assim: quando a luz de Shiva chega, tudo muda! As correntes se partem e as consciências se libertam.
Quando a luz branquinha dissolve as nuvens cinzentas de Maya, que ser poderá dizer que é deserdado do Supremo Amor?
Quando ecoa o canto sutil do Mahadeva, cessa a surdez dos egos renitentes. O seu ghanda purifica o cheiro de carniça dos apegos! E o seu mantra ecoa pelos céus dos corações:
“OM NAMAH SHIVAYA... OM NAMAH SHIVAYA... OM NAMAH SHIVAYA…”
Em todos os planos é assim: quando Shiva chama para o Darma, o próprio universo treme e entra em estado vibracional cósmico. Estrelas gozam com ele o samadhi, e os homens e espíritos sintonizados espiritualmente viajam junto, nas ondas da bem-aventurança.
Sob sua ação portentosa, tudo vibra, tudo muda... E o sândalo flui, purificando os homens, os espíritos e as estrelas.
Lá das plagas do Oriente espiritual, vem o seu chamado. A luz branquinha, o perfume sutil, a canção, as transformações, o Darma e os corações... tudo dentro de sua onda luminosa, tudo vibrando, para frente, para o crescimento, pois nada fica estagnado sob a luz do Mahadeva.
Por isso, os rishis cantavam sua glória: “HARA HARA MAHADEVA!”
Encantados, eles atendiam ao chamado sutil de Shiva e viam as correntes dos apegos se partindo e libertando as consciências para o progresso. Mesmo dotados de alta sabedoria e de profunda maturidade espiritual, eles reverenciavam o senhor de todas as transmutações, o divino alquimista.
Eles também pegavam carona espiritual na esteira das vibrações miríficas do Senhor das luzes. Então, eles entravam em samadhi e compartilhavam, com todos os seres do universo, a bem-aventurança que viviam.
Em silêncio, eles viam as correntes se partindo... Eles viam as ondas luminosas varrendo os cemitérios e crematórios e desprendendo os espíritos apegados a seus despojos carnais. Viam, também, as camadas do tecido vivo do universo se desdobrando em vida e energizando as estrelas e os seres.
Encantados, em silêncio, eles passaram a ver o poder da luz em tudo. Com o tempo, ensinaram aos estudantes espirituais como escutar o chamado sutil Dele.
E hoje, também é assim: quando ecoa o chamado de Shiva, os homens de boa vontade o escutam e se unem aos rishis, em espírito e coração, prontos para o Darma.
Em silêncio, eles curvam a cabeça ao Supremo e se recolhem na prece elevada, que nada pede, apenas abre o coração para o bem de todos os seres. Da mesma maneira que os rishis, eles também se encantam e trabalham para romper as correntes da ilusão.
E em todos os planos é assim: quando Ele chama, é hora de partir os grilhões e seguir na luz do eterno...
OM NAMAH SHIVAYA!

- Wagner Borges -
São Paulo, 15 de março de 2006.

- Notas do sânscrito:
* Darma (do sânscrito “Dharma”): dever, missão, programação existencial, mérito, benção, ação virtuosa, meta elevada, conduta sadia, atitude correta, motivação para o que for positivo e de acordo com o bem comum.
* Avatares - emissários celestes; enviados divinos.
* Rishis – Sábios espirituais; mestres espirituais; mentores dos Upanishads.
* Samadhi - expansão da consciência, consciência cósmica.
* Chacras – são os centros de força situados no corpo energético e que tem como função principal a absorção de energia (prana, chi) do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico.
* Lótus das Mil Pétalas – metáfora iogue para o chacra coronário, que é o centro de força situado no topo da cabeça, por onde entram as energias celestes. É o chacra responsável pela expansão da consciência e pela captação das idéias elevadas. É também chamado de chacra da coroa. Em sânscrito o seu nome é “sahashara”, o lótus das mil pétalas. Está ligado à glândula pineal.
Obs.: a pineal: é a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais. Essa glândula está ligada ao chacra coronário, que, por sua vez, se abre no topo da cabeça, mas tem a sua raiz energética situada dentro dela. Devido a essa ligação sutil, a pineal (também chamada de “epífise”) é o ponto de ligação das energias superiores no corpo denso e, por extensão, tem muita importância nos fenômenos anímico-mediúnicos, incluindo nisso as projeções da consciência para fora do corpo físico.
* Chacra Frontal - é o centro de força situado na área da glabela, no espaço espiritual interno da testa. Está ligado à glândula hipófise (pituitária) e tem relação direta com os diversos fenômenos de clarividência, intuição e percepções parapsíquicas. É o chacra da aprendizagem e do conhecimento.
* Para melhor compreensão sobre as vibrações de Shiva, deixo alguns textos esclarecedores na seqüência (postados antes como textos periódicos do site ao longo dos anos).

NA SENDA DO DSICERNIMENTO COM SHIVA II

Shiva, meu amigo, ainda agora senti uma saudade grande das pradarias astrais e dos céus por onde voei outrora, na condição de espírito livre.
Fui tomado por um certa nostalgia espiritual, e logo lembrei-me de Você, o Senhor dos iogues e de todas as transformações nos planos fenomênicos da existência.
Então coloquei para tocar um Cd contendo o mantra Maha Mrityunjaya (1).
Ouvindo esse maravilhoso mantra, logo surgiu a vontade de escrever algo, e por isso vim para o note-book grafar algumas palavras de improviso.
Que Você me inspire a grafar palavras de luz, e que as mesmas possam viajar até os corações sensíveis à Paz e à Luz, levando aquela atmosfera espiritual que encanta e faz pensar na grandiosidade da vida em todos os planos.

* * *

Shiva, dizem que quando você bate a ponta de seu tridente no chão, surgem os raios que rasgam a escuridão no firmamento. Será por isso que alguns de seus clarões estão espocando dentro do meu chacra frontal agora?
Também dizem que Você é o grande transmutador interdimensional e que através de seu olho espiritual nada escapa à sua percepção cósmica. Será por isso que sinto agora os seus olhos interpenetrando os meus enquanto escrevo sem sequer pensar?
Sim, dizem muitas coisas a seu respeito, mas o que sinto agora é o seu silêncio atravessando os espaços e chegando quietinho aqui em meu coração. O que sinto é um abraço invisível, terno e firme, de Pai para filho, de Mestre para discípulo, de Espírito a espírito...

* * *

Penso em Você... O Amor me toca... as lágrimas rolam naturalmente, enquanto o meu coração se abre ao seu sopro divino. Então, escuto um coro de vozes angelicais entoando uma canção portentosa, que não entendo na mente, mas compreendo no coração e sei que atravessa os diversos planos levando as ondas de compaixão em Seu Nome.
Em algum lugar essa canção está erguendo muitos espíritos caídos nas trevas da ignorância e do apego após a morte. Não sei onde nem como, só sei que muitas consciências extrafísicas estão sendo desprendidas da crosta terrestre por intermédio dessa canção celeste, que não escuto com os ouvidos, mas dentro da consciência (2).
A canção aumenta, e percebo que ela agora varre até mesmo o meu corpo físico. Parece que uma energia branquinha viaja velozmente por dentro do meu corpo. Mergulho nessa sintonia e começo a sentir as emoções dos espíritos que estão sendo levados pela canção aos templos extrafísicos de cura. Mesmo ao longe e sem saber os motivos deles, percebo que estamos ligados na mesma assistência espiritual. Sinto suas emoções e passo junto com eles as dores de um parto consciencial, as mudanças de energias e suas transformações, os seus dramas e contendas, e a necessidade de se esquecer do passado e ascender a outras moradas na Casa do Pai Celestial.
Choro junto com eles, enquanto uma luz alaranjada sobe da base de minha coluna até o meio de minha testa, numa explosão suave de compaixão luminosa. Deixo que essa luz flua para eles com todos os meus melhores votos de melhoria. Não os vejo, e eles não me vêem, mas estamos ligados pela canção celeste que ecoa por entre os planos e corações sensíveis à Paz.

* * *

Shiva Nataraja (3), sua dança muda o padrão das energias e rasga os véus da ilusão (maya) que cegavam a mente e o coração. No seu movimento, os homens da Terra e do Espaço ascendem a climas melhores e encetam novos objetivos em seus rumos evolutivos.
Sabe, eu gostaria de poder passar para as pessoas as ondas de amor dessa canção que não se escuta por aqui. Essa mesma canção que não entendo, mas que o meu coração me diz que sua tradução espiritual seria mais ou menos assim:

“Levantem-se, ó filhos do Espírito Supremo!
É o Senhor Shiva que os convoca.
Venham ter com Ele nas pradarias celestes.
É hora de voltar para a casa de luz.
É hora de esquecer os dramas do passado.
É hora de ascender nesta canção.
Vocês são Shiva! A canção é Shiva!
Nós somos Shiva! Tudo é Shiva!
O Céu e a Terra, os homens e os espíritos, tudo é Shiva!
Tudo é Ele! Tudo é Ele! Tudo é Ele!”

* * *

Shiva, meu amigo, comecei a escrever falando de uma saudade espiritual, e ela se transformou em assistência espiritual, por sua obra e graça. E eu só tenho a lhe agradecer, pois a nostalgia passou, e agora ficou só o amor e essas lágrimas quietinhas que rolam pelas faces, limpando as energias antigas e renovando a expressão espiritual que emerge no brilho dos olhos e no rosto.
Lá fora o sol brilha no meio da tarde. Aqui dentro de casa é o meu rosto que brilha.
E em algum lugar do Astral, também brilham agora os rostos extrafísicos de muitos espíritos elevados pela música de Shiva.
Oxalá, esses escritos possam fazer brilhar os rostos dos leitores sensíveis à Luz da Espiritualidade (4).
Shiva, muito obrigado, querido.

P.S.: A primeira parte desse texto está postada na seção de textos periódicos de nosso site –www.ippb.org.br – É o texto número 407.

- Wagner Borges -
(Sujeito com qualidades e defeitos, 43 anos de “encadernação”, espiritualista consciente, que não segue nenhuma doutrina criada pelos homens da Terra, nem ocidental ou oriental, mas que tem muita sorte de pegar caronas espirituais nas vibrações dos espíritos legais de todas as linhas, para continuar viajando de mente e coração sempre abertos na sintonia sadia da Espiritualidade Maior).

São Paulo, 05 de novembro de 2004.

- Notas:
1. Esse mantra é considerado como evocativo da morte do ego (a alquimia interior, onde morre o homem enferrujado de ego sob o cadinho da iniciação espiritual, e renasce como homem dourado de amor e consciência).

Por ignorância, muitos têm medo deste mantra, pois o chamam de mantra da morte. Porém, como a consciência é imperecível, como poderia ela morrer? No caso, este mantra de Shiva, o destruidor dos egos, evoca a morte da ignorância e do apego humanos, no processo de renovação consciencial e ascensão espiritual. E essa morte é necessária!
Logo, que morra o nosso ego atormentado, e que Shiva venha nos ajudar nesta transmutação consciencial, para renascermos muito melhor, aqui e agora!
2. Lembro-me de que essa é uma semana energeticamente pesada, devido ao dia de finados, que foi há apenas três dias, mas que deixa formas-pensamento densas poluindo a atmosfera psíquica, mantendo muitos espíritos doentes agregados ao plano físico e à aura de seus entes-queridos, que inadvertidamente os atraem com seus apegos e dores mal resolvidas. E pior do que isso, por incrível que pareça, é o fato de vários estudantes espirituais também apresentarem o mesmo tipo de postura apegada, como se não soubessem que no cemitério só ficam os cadáveres, e que os espíritos ascenderam para aquelas muitas moradas do Pai Celestial, nos níveis extrafísicos.
Muitas vezes, ao falar sobre essa incoerência espiritualista na abordagem da morte, mero descarte do veículo de manifestação denso e evento normal na economia da natureza, sou criticado como se estivesse falando alguma besteira ou mesmo sendo radical nessa questão. No entanto, o que é estranho é o fato das pessoas estudarem os temas espirituais e falarem constantemente de vida após a morte, mas na hora em que perdem algum ente querido, elas se esquecem de tudo e evidenciam que seus estudos eram só teóricos, sem embasamento consciencial firme. Há alguns que, nessa hora, choram mais do que muitos materialistas e se revoltam, como se não soubessem da imortalidade da consciência. Outros vão ao cemitério visitar os cadáveres ocos de consciência, mesmo estudando espiritualmente, e ficam danados da vida quando alguém fala algo a respeito, como se eles mesmos não soubessem que o cemitério não é o lar de nenhum espírito, e que a vida continua... mesmo que muitos estudantes espirituais pareçam negar tudo por causa das emoções momentâneas de uma perda.
Sim, a vida continua além da queda do corpo, e a referência da pessoa amada que partiu não é a tumba número tal no cemitério do bairro. De jeito nenhum!
Quem quiser visitar a pessoa amada, que saia do corpo e vá visitá-la no plano astral, lar dos espíritos, sempre vivos.
3. Shiva: Na Cosmogonia hinduísta, o Divino é representado por três aspectos fenomênicos: Brahma - O Criador, Vishnu - O Preservador, e Shiva - O Transformador.
Shiva é o senhor de todas as transmutações na natureza, é o senhor das energias e de todo movimento vital. Em muitas representações simbólicas, Ele é representado como o "Nataraja", O Dançarino Divino que faz o universo vibrar e girar em sua eterna dança cósmica. Por isso algumas imagens O mostram dançando dentro de uma roda (o universo).
- Tridente de Shiva: Dentro do contexto hinduísta, as energias se manifestam no plano fenomênico da existência em três aspectos vibracionais: Rajas (atividade), Tamas (inércia) e Sattva (equilíbrio ou pureza).
O tridente que Shiva carrega, expressa essas três manifestações vitais (cada uma das pontas do tridente é uma das expressões energéticas). Sendo o Senhor das energias, nada mais natural do que Ele "portar nas mãos" o controle de suas manifestações.
Num contexto ainda mais esotérico, as três pontas do tridente também representariam os três nádis (condutos sutis – Ida, Píngala e Sushumna) que correm ao longo da coluna, e que são muito importantes na circulação da energia pelo corpo energético e nos processos de ascensão da Kundalini.
Inclusive, é muito comum vermos imagens de Shiva com diversas cobras najas penduradas pelo seu corpo. Elas representam a sabedoria, da qual Ele está repleto. Também representam a expansão da consciência (consciência cósmica, samadhi) nos processos ascensionais da Kundalini (Shakti).
Aqui por e-mail fica difícil explicar esses mecanismos bioenergéticos tão conhecidos dos iogues de todos os tempos e linhas.
Obs.: Alguns fundamentalistas cristãos associaram o tridente do Shiva e as cobras najas (que são apenas simbolismo iogue) à figura do diabo. E aí nem precisa dizer da confusão que eles fazem com isso, oriunda diretamente da falta de informação (ou, em alguns casos, de má intenção mesmo).
- Mahadeva: Maha: Grande, Vasto, Imenso – Deva: Divindade, Ser Celestial.
Logo, Mahadeva significa "Grande Divindade", "Grande Ser Celestial", "Grande Deus".
- O olho aberto na testa de Shiva representa o "olho espiritual", que tudo vê.
- OM: O Verbo Divino (Shabda ou Pranava), A Vibração do Todo permeando a tudo, o mantra que na tradição hinduísta é associado à vibração divina da palavra criadora do Supremo.
- Om Namah Shivaya: é um dos mantras evocativos de Shiva. É um dos mantras mais populares da Índia.

EXPLICAÇÃO SOBRE O MANTRA “MAHA MRITY UNJAY”

Dentro de cada um de nós existe um espaço de pura felicidade. Nenhum estresse. Nenhuma preocupação. Nenhuma doença. Somente felicidade. E é possível para nós nos conectarmos com esse espaço divino. Com uma técnica secular. O Mantra Maha Mrityunjay.
Um mantra tão poderoso que ao cantá-lo ele cria uma vibração divina no interior de nosso ser. Esta vibração acende um fogo interior que consome toda a nossa negatividade e purifica todo o nosso sistema, deixando-nos calmos, em paz, felizes.
Conforme o poderoso som cósmico deste mantra pulsa através de cada célula, cada molécula de nosso corpo, ele rasga o véu da ignorância que nos faz acreditar que nós somos incompletos. E nos torna conscientes da nossa própria divindade.
É um mantra que é tido como rejuvenescedor. Evoca saúde e riqueza. Uma vida longa. Paz. Prosperidade. Contentamento. Imortalidade. Diz-se que o entoar deste mantra cria um poderoso escudo protetor que afasta todo o mal. E acredita-se que protege aquele que o canta, contra acidentes e infortúnios de todo tipo. Diz-se também que ele tem um poderoso efeito curativo sobre as enfermidades.
É uma oração para o Senhor Shiva, o mais poderoso, o mais inacessível e ao mesmo tempo, o mais “bhola” (inocente) dos Deuses. O Criador. O Destruidor. O Asceta. O objetivo do sadhana (disciplina espiritual).
Conhecido como o Mantra Moksha (Libertação) do Senhor Shiva, o Maha Mrityunjay evoca o Shiva interior e afasta o medo da morte, liberando-nos do ciclo da morte e do renascimento.
Quando cantar: É de grande benefício cantar este mantra com amor e devoção no Brahma Muhurata. Mas você também pode cantá-lo a qualquer momento num ambiente puro, com benéficos resultados.

MAHA MRITYUNJAY

Om Tryambakam Yajamahe

Sugandhim Pusti-vardhanam

Urva-rukam-iva Bandhanat

Mrtyor-Muksiya ma-mrtat

TRADUÇÃO DO MANTRA

SIGNIFICADO:

OM. Nós veneramos o Senhor Shiva (aquele dos três olhos) que é cheio de fragrância e que nutre todos os seres; que Ele possa me libertar da morte, em favor da imortalidade, assim como o pepino maduro é arrancado da sua prisão - da trepadeira.

Este mantra é uma oração ao Senhor Shiva que é invocado como Sankara e Trayambaka. Sankara é Sama (bençãos) e Kara (o doador). Trayambaka é aquele dos três olhos (onde o terceiro olho significa o doador da sabedoria que destrói nossa ignorância e nos liberta do ciclo da morte e do renascimento).

4. Concluindo esses escritos, posto na seqüência um texto extraído do meu livro “Viagem Espiritual III”, devido a sua correlação com estes textos atuais.

DESPERTANDO AS CONSCIÊNCIAS

As pessoas que vivem na Terra sem a noção da própria imortalidade (e dos potenciais espirituais residentes nelas mesmas) são verdadeiros cadáveres ambulantes.
Quando a morte secciona o cordão prânico* e desativa seus invólucros densos, essas pessoas não flutuam para as dimensões espirituais. Pelo contrário, ficam manietadas às vibrações da Mãe Terra. São tomadas, então, de estranha inércia consciencial, verdadeiro "coma espiritual", permanecendo alheias à vida interdimensional.
Porém, o "PAI-ESPÍRITO" as quer de volta ao plano espiritual. Ele diz: "Chega de ego e de inércia! ACORDEM!"
O som tonitroante de Brahman vai direto a seus centros cardíacos, despertando-as para a realidade da consciência solta além da matéria.
Abençoados são aqueles que conhecem um pouco da Espiritualidade, pois já se livraram da doença espiritual da inércia e sabem que a vida é infinita e que apresenta bilhões de possibilidades de crescimento.
ESSES ESTÃO ACORDADOS!

OM TAT SAT! (2)

- Old Star (3) -

(Recebido espiritualmente por Wagner Borges - Texto extraído do livro "Viagem Espiritual III" - Editora Universalista - 1988).

- Notas:

1. Cordão prânico: cordão de prata; é o elo de ligação entre o corpo sutil e o corpo denso.
2. Om Tat Sat (do sânscrito): Tríplice designação de Brahman, O Supremo, O Absoluto, O Grande Arquiteto Do Universo. Como mantra, pode ser usado na concentração e ativação dos chacras.
3. Old Star (do inglês): "Velha estrela". O amparador hindu que me passou este texto, prefere se chamar assim, em inglês mesmo. "Velha estrela" significa alguém que veio das estrelas e que é muito antigo no trabalho espiritual.

CANÇÃO DA LIBERTAÇÃO
(O Chamado de Shiva, O Supremo Transmutador*)

Lá vem Ele, o Senhor das Transformações...
Lá vem Ele... Shiva!
O Senhor dos iogues...
O Senhor das energias...

Quando Ele balança sua cabeça, para ver em todas as direções, Dos seus cabelos molhados se desprendem milhares de gotinhas luminosas, Que entram pela terra, principalmente no solo dos cemitérios, E no espaço dos crematórios...

E suas gotinhas vão limpando a terra,
Lavando os elementos subterrâneos...
E soltando os espíritos cativos, presos à Terra.

Ele é o rompedor das ligações vitais,
O Supremo transmutador...

Ele anda pelos cemitérios sepultando as vaidades humanas E libertando os espíritos...

Ele é a chama que consome os cadáveres na cremação, E desprende os espíritos, de volta para casa, no Eterno...

Lá vai Ele, O Supremo Destruidor da ignorância...
Lá vai Ele...

Os seus olhos são semelhantes a dois sóis, Mas, é o terceiro olho que brilha mais.
É o terceiro olho, o portal para outras realidades...

A Canção de Shiva é a canção da liberdade e da imortalidade!

Lá vai Ele, soltando os espíritos...
Lá vai Ele, despertando-os para outras realidades, Além da carne, na luz da imortalidade.

Lá vai Ele, Om Namah Shivaya!
Lá vai Ele...

P.S.: Essa canção me foi passada espiritualmente por um dos amparadores extrafísicos do grupo dos Iniciados, durante um trabalho de ativação de chacras e de irradiação de energias, realizado com os 140 participantes do grupo de estudos e assistência espiritual do IPPB.
Agradeço a minha amiga Elza, por ter gravado o momento e depois ter disponibilizado o seu tempo para transcrevê-la.

- Wagner Borges –
São Paulo, 29 de junho de 2005.

- Nota:
* Para melhor compreensão do leitor sobre Shiva e o mantra Om Namah Shivaya, deixo na seqüência um texto esclarecedor (já postado pelo site há alguns anos):

SHIVA, O TRANSMUTADOR INTERDIMENSIONAL

Dizem que o Sr. Shiva* é o senhor dos crematórios (e dos cemitérios).
Mas não é que Ele goste de cadáveres. É somente porque Ele é o TRANSFORMADOR DAS CONSCIÊNCIAS, o rompedor de cordões de prata, o transmutador interdimensional que leva as almas de volta para a casa espiritual.
E tem mais: Ele também é conhecido como o destruidor (dos egos). É por Sua ação (carma) que a arrogância dos homens é detonada. E é também por Seu amor, que a vida é renovada e os homens têm novas oportunidades de crescimento.
Ele anda por entre os restos mortais dos homens, mas porta a VIDA!
Ele rompe os cordões de prata, mas está cheio de compaixão.
Ele leva as almas para o plano espiritual, mas está sorrindo por entre as dimensões.
Ele é o Sr. Shiva, senhor da vida e da morte dos homens, e não é possível defini lo pelos limitados parâmetros humanos.
Só se sabe que Ele anda pelos crematórios e cemitérios "queimando e enterrando" as vaidades humanas e desprendendo as almas com Sua energia purificada.
Ele é o destruidor (de corpos) e purificador das almas.
Em suma, Ele é movimento interdimensional de todos os seres.

OM NAMAH SHIVAYA!

- Wagner Borges -

- Nota:
* Shiva (do sânscrito): no Hinduísmo, O Divino é representado em três aspectos fenomênicos em sua manifestação vital: Brahma (O Criador), Vishnu (O Preservador) e Shiva (O Transformador).
Normalmente Ele é traduzido como o Destruidor Divino, pois é por sua ação que ocorre a transformação dos elementos, energias e consciências. Aquilo que é criado e preservado, um dia morrerá, para poder renascer e seguir o fluxo evolutivo. No entanto, nada no universo morre realmente, só há mudança de plano e padrão vibracional. A energia não nasce e nem morre, só é transformada.
Shiva é o representante divino dessa transformação inexorável de todas as coisas. Ele também é conhecido como "NATARAJA", o Divino Dançarino. Ele dança na luz e faz a roda da existência mover-se no infinito. Por isso, Ele sempre é associado a eventos de transmutação interdimensional e consciencial.
O mantra dessa ação transformadora de Shiva é "OM NAMAH SHIVAYA".

TAJ MAHAL, UMA HISTÓRIA DE AMOR!!!



TAJ MAHAL - UMA HISTÓRIA DE AMOR

Como todas as histórias, esta também começa da mesma maneira... Era uma vez um príncipe chamado Kurram que se enamorou por uma princesa aos quinze anos de idade. Reza a história que se cruzaram acidentalmente, mas seus destinos ficaram unidos para todo o sempre. Após uma espera de cinco anos, durante os quais não se puderam ver uma única vez, a cerimônia do casamento teve lugar do ano de 1612, na qual o imperador a rebatizou de Mumtaz Mahal ou "A eleita do palácio". O Príncipe, foi coroado em 1628 com o nome Shah Jahan, "O Rei do Mundo" e governou em paz.
Quis o destino que Mumtaz não fosse rainha por muito tempo. Ao dar à luz o 14º filho de Shah Jahan, morreu aos trinta e nove anos em 1631. O Imperador ficou tremendamente desgostoso e inconsolável e, segundo crônicas posteriores, toda a corte chorou a morte da rainha por dois anos. Durante esse período, não houve música, festas ou celebrações de espécie alguma em todo o reino.
Shah Jahan ordenou, então, que fosse construído um monumento sem igual, para que o mundo jamais pudesse esquecer. Não se sabe ao certo quem foi o arquiteto, mas reuniram-se em Agra as maiores riquezas do mundo. O mármore fino e branco das pedreiras locais, jade e cristal da China, turquesa do Tibet, lápis - lazúli do Afeganistão, ágatas do Yemen, safiras do Ceilão, ametistas da Pérsia, corais da Arábia Saudita, quartzo do Himalaia, âmbar do Oceano Índico.




Surge assim o Taj Mahal. O seu nome é uma variação curta de Mumtaz Mahal, o nome da mulher cuja a memória preserva. O nome "Taj", é de origem persa, que significa coroa. "Mahal" é arábico e significa lugar. Devidamente enquadrado num jardim simétrico, tipicamente muçulmano, dividido em quadrados iguais cruzado por um canal ladeado de ciprestes onde se reflete a sua imagem mais imponente. Por dentro, o mausoléu é também impressionante e deslumbrante. Na penumbra, a câmara mortuária está rodeada por finas paredes de mármore incrustado com pedras preciosas que formam uma cortina de milhares de cores. A sonoridade do interior, amplo e elevado é triste e misterioso, como um eco que soa e ressoa sem nunca se deter.




Sobre o edifício surge uma cúpula esplendorosa, que é a coroa do Taj Mahal. Esta é rodeada por quatro cúpulas menores, e nos extremos da plataforma sobressaem quatro torres que foram construídas com uma pequena inclinação, para que em caso de desabamento, nunca caíssem sobre o edifício principal.
Os arabescos exteriores são desenhos muçulmanos de pedras semipreciosas incrustadas no mármore branco, segundo uma técnica Italiana utilizada pelos artesãos hindus. Estas incrustações eram feitas com tamanha precisão que as juntas somente se distinguem à lupa. Uma flor de apenas sete centímetros quadrados pode ter até sessenta incrustações distintas. O rendilhado das janelas foi trabalhado a partir de blocos de mármore maciço.




Diz-se que o imperador Shah Jahan queria construir também o seu próprio mausoléu. Este seria do outro lado do rio. Muito mais deslumbrante, muito mais caro, todo em mármore preto, que seria posteriormente unido com o Taj Mahal através de uma ponte de ouro. Tal empreendimento nunca chegou a ser levado a cabo. Após perder o poder, o imperador foi encarcerado no seu palácio e, a partir dos seus alojamentos, contemplou a sua grande obra até à morte. O Taj Mahal foi, por fim, o refúgio eterno de Shah Jahan e Mumtaz Mahal. Posteriormente, o imperador foi sepultado ao lado da sua esposa, sendo esta a única quebra na perfeita simetria de todo o complexo do Taj Mahal.
Após quase quatro séculos, milhões de visitantes continuam a reter a sua aura romântica... o Taj Mahal, será para todo o sempre um lágrima solitária no tempo.

Obvious
Publicado por Benjamin Junior em Artes e Ideias


sábado, 5 de julho de 2014

SIMBOLOGIA DAS CORES DAS FLORES DE LÓTUS:




As flores podem ser de várias cores, como púrpuras, laranjas, amarelas, brancas, rosas, azuis e vermelhas, porém no Budismo, apenas cinco cores carregam um significado específico. Veja quais são elas:


Flor de Lótus Púrpura

A lótus púrpura é conhecido como o lótus místico, representada apenas em algumas seitas esotéricas budistas. Pode ser representado de diversas maneiras, podendo estar em botão ou com as pétalas abertas. Ele pode estar sustentado por uma única haste, uma haste tripla, que simboliza as três partes do Garbhadhatu (que são Vairocana, lótus e vajra), ou uma haste quíntuplo que simboliza os cinco conhecimentos de Vajradhatu.
As oito pétalas novamente simbolizam o Nobre Caminho Óctuplo, um dos principais ensinamentos do Buda e também as oito principais divindades dos mandalas. As flores de lótus roxas também podem estar representadas sobre uma bandeja ou um copo como um símbolo de homenagem.


Flor de Lótus Branco

A lótus branca simboliza um corpo puro, mente e espírito, juntamente com a perfeição espiritual e uma pacificação da própria natureza. A flor de lótus normalmente tem oito pétalas, o que corresponde ao Nobre Caminho Óctuplo. É o lótus branco que se encontra no centro da Mandala Garbhadhatu, representando o embrião do mundo. O lótus branco é considerado o lótus dos Budas (mas não o próprio Buda) por causa do simbolismo acima referido associado a ele.


Flor de Lótus Azul

A lótus azul simboliza a vitória do espírito sobre os próprios sentidos materiais. Também simboliza a sabedoria, o conhecimento e a inteligência. É sempre representado como um broto parcialmente aberta – o que significa que o conhecimento jamais acaba e que deve ser contínuo. Ao contrário do lótus vermelho, seu núcleo nunca é visto. É o lótus de Manjusri, e também um dos atributos de Paratacamita, a personificação da “perfeição da sabedoria”.


Flor de Lótus Vermelha

A lótus vermelha simboliza a natureza original do coração. É o símbolo do amor, compaixão, paixão e outras emoções associadas ao coração. O lótus vermelho é geralmente representado com suas pétalas abertas, simbolizando a beleza e a doação de um coração. Também está associado a Avalokitesvara, O Buda da Compaixão.


Flor de Lótus Rosa

A lótus rosa é o lótus supremo e é frequentemente associado com a mais alta divindade, ou seja, o próprio Buda. Embora muitas vezes confundida com a lótus branco, que geralmente é usado para outras divindades, é a flor de Lótus da cor rosa que simboliza o verdadeiro Buda.


Flor de Lótus Amarela

Embora a lótus amarela não esteja entre as cores escolhidas pelo budismo, não podemos negar que também são muito belas. Amarelo é a cor do sol, da energia, da felicidade. É uma cor brilhante, alegre, que simboliza o luxo – é como estar em festa a cada dia e também associada com a parte intelectual da mente e a expressão de nossos pensamentos.

Read more: http://www.japaoemfoco.com/significado-das-cores-das-flores-de-l

domingo, 22 de junho de 2014

APRENDA A CONFECCIONAR A "CAIXA DE KUAN YIN" CURA E EQUILÍBRIO NA ENERGIA DA COMPAIXÃO!!!




Certo dia, ao enviar Magnified Healing® e Light Healing® para uma lista de pessoas, perguntando-me o que mais poderia fazer, especialmente quando eu não estivesse mais enviando as energias de cura para elas, Kuan Yin me ensinou a confeccionar “a Caixa de Kuan Yin”.

Ela me disse: “Quando você envia Magnified Healing® e Light Healing® para alguém, Eu já estou no Comando! Porém, você pode entregar todas as pessoas e todas as situações em Minhas Mãos, mesmo quando as mesmas não estiverem recebendo as energias de cura.”.

E assim, eu me abri para receber as instruções, confeccionei a “Caixa de Kuan Yin” e comecei a colocar nomes de pessoas dentro da caixa.

Meu intuito era, inicialmente, perceber os resultados.



Resultados muito positivos com a “Caixa de Kuan Yin”

E o que percebi que entregar pessoas, animais, situações e lares na “Caixa de Kuan Yin” faz toda a diferença! Mesmo quando as mesmas não estão recebendo Magnified Healing® ou Light Healing®, vejo que Kuan Yin atua e alguma mudança positiva acontece, muitas vezes de forma imediata.

Percebi que muitas pessoas são reequilibradas ou ate mesmo curadas apenas com este procedimento!



“Caixa de Kuan Yin”: mais um recurso de cura!

A “Caixa de Kuan Yin” tornou-se um recurso que uso todos os dias!

É uma forma simples, fácil e muito eficiente de entregar qualquer Ser ou qualquer problema nas Mãos de Kuan Yin e permitir a Sua Ação Milagrosa e Compassiva.

Chegou o momento de compartilhar!

Eu te estimulo a confeccionar a sua “Caixa de Kuan Yin”.

Use e perceba a Ação de Kuan Yin!



Preciso ser iniciado em Magnified Healing® ou Light Healing®?

Você não precisa ser iniciado em Magnified Healing® ou Light Healing® para ter a sua própria “Caixa de Kuan Yin”.

Basta a sua intenção de conectar-se com Kuan Yin e a sua vontade de ajudar a si mesmo ou as pessoas ao seu redor.



Quando usar a “Caixa de Kuan Yin”?

Sempre que sentir necessidade de ajudar alguém.

Quando alguém te pede por ajuda ou por orações.



Preciso da autorização ou pedido da pessoa?

Não. Kuan Yin diz que este é um procedimento que não invade o livre arbítrio de ninguém. É como se você estivesse orando para as pessoas e entregando-as nas Mãos de Kuan Yin.

Tornou-se para mim um ótimo recurso para quando as pessoas não pedem por Magnified Healing® ou Light Healing® e sinto que precisam de ajuda.



Como confeccionar a “Caixa de Kuan Yin”

Material:

Uma caixa do seu agrado, sem tampa, de qualquer material.


Um Cristal: Drusa de Ametista, aproximadamente do tamanho da palma da sua mão.







Instruções:

1. Limpe a Drusa de Ametista: deixe na água com sal por 30 minutos e coloque ao sol para secar. Repita a limpeza da Drusa de Ametista a cada 3 meses.

2. Escreva num papel:

“Amada Kuan Yin: Aqui há um Templo: a Sua Gruta Cristalina! Que a Força e o Poder do Amor, da Compaixão, do Perdão e da Transmutação, concedidos a Ti por Deus Pai e Mãe, Criadores deste Universo, preencham esta Gruta Cristalina, cumprindo a Promessa da Perfeição á todos os Filhos da Luz.”

“Eu entrego em Suas Mãos, todos os Seres cujos nomes eu coloco aqui, a fim de que o melhor seja manifestado a todos.”

Atue para que problemas, desequilíbrios, dores e/ou sofrimentos sejam imediatamente liberados, curados e dissolvidos, a fim de que possam manifestar Deus na Terra: aqui, agora e sempre!

“Em todos os níveis, tempos e dimensões!”

“Amém, Amém, Amém e Amém!”

3. Leia em voz alta as palavras que acabou de escrever.

4. Coloque o papel dentro da caixa e por cima a Drusa de Ametista.

5. Consagre elevando a caixa acima da sua cabeça, verbalizando 3 vezes o mantra para Kuan Yin: “Om Mani Padme Hum“.

6. Coloque a “Caixa de Kuan Yin” num local que você considere sagrado: pode ser no seu templo dedicado a Ela, onde você medita ou onde faz as suas orações e/ou práticas espirituais.

Está pronta. Agora você já pode colocar nomes na sua Gruta Cristalina de Kuan Yin!



Entregando nas Mãos de Kuan Yin

1. Escreva o nome e sobrenome da pessoa. Se souber a data de nascimento, escreva também, mas não é imprescindível.

Lembre-se: você também pode pedir pelos seus animais.

2. Se preferir, pode descrever o problema ou a situação que necessita de cura. Por exemplo: (Nome) – desemprego; (Nome) – doença (descreva o nome da doença); (Nome) – tristeza; etc.

Eu, particularmente, costumo escrever apenas o nome, pois acredito que assim Kuan Yin vai olhar por tudo. Escrevo o problema apenas quando sinto que há muita urgência no caso.

Sinta em seu coração como escrever. Kuan Yin vai te intuir.

3. Ao colocar qualquer nome na “Caixa de Kuan Yin”, você diz em voz alta:

-“Kuan Yin eu entrego (nome) em Suas Mãos. Manifeste a Perfeição!”



Outras Instruções:

1. Kuan Yin sugere que de tempos em tempos – por volta de 3 meses aproximadamente, você dê “uma olhada na “Caixa de Kuan Yin”, verificando os nomes, a fim de avaliar quais já podem ser retirados e quais ainda necessitam permanecer.

De novo, siga sua intuição. Kuan Yin vai te intuir.

2. Queime os papéis cujos nomes serão retirados da “Caixa de Kuan Yin”, agradecendo da maneira que preferir.



Kuan Yin agradece!

Você estará ajudando-A na cura da Terra e de toda a Humanidade!

sexta-feira, 20 de junho de 2014

YOGA:





"O objetivo primordial do Yoga é restabelecer a paz.
Estabelecer a simplicidade da mente, e libertá-la da confusão e da dor.
Esta sensação de calma vem da prática dos asanas iogues e pranayama.
Diferentemente de outras formas de exercícios que tensionam músculos e ossos,
o Yoga gentilmente rejuvenesce o corpo.
Ao restaurar o corpo, o Yoga liberta a mente de seus sentimentos negativos
causados pelo ritmo frenético da vida moderna.
A prática de Yoga completa os reservatórios
da esperança e do otimismo dentro de você.
Ela o ajuda a suplantar todos os obstáculos
no caminho para a saúde perfeita
e para o contentamento espiritual.
É um renascimento.”
~B.K.S Iyengar~

**
Leia os textos do Prof. Pedro Kupfer
O que é YOGA
Que YOGA praticar?
Leia os textos do Prof. Hermógenes
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Sobre os benefícios da Yoga Revista Isto É





A Ciência do Yoga



A Ciência do Yoga é uma das diversas contribuições originais da Índia para o mundo. Pretende-se descobrir e perceber a Realidade última através de práticas de yoga. Acharya Patanjali, seu fundador, era originário do distrito de Gonda (Ganara) em Uttar Pradesh. Prescreveu o controle do prana (sopro de vida) como meio de controlar o corpo, mente e alma. Isto posteriormente recompensa com uma boa saúde e felicidade interior. As 84 posturas de yogade Acharya Patanjali efetivamente melhoram a eficiência do aparelho respiratório, sistema circulatório, nervoso, digestivo e endócrino e muitos outros órgãos do corpo. A Ciência do Yoga ganhou popularidade devido à sua abordagem científica e benefícios. Yoga também detém o lugar de honra como uma das seis filosofias no sistema filosófico indiano.
Acharya Patanjali será sempre lembrado e reverenciado como um pioneiro na ciência da auto-disciplina, a felicidade e auto-realização


Acharya Patanjali


Os Oito Princípios da Yoga de Patanjali são: 1.Yama (princípios éticos), 2. Niyama (princípios morais) 3. Ásanas (posturas físicas), 4. Prãnayamas (exercicios respiratorios), 5.Pratyaraha (remoção dos sentidos do mundo externos), 6. Dharana (concentração), 7.Dhyana (meditação), 8. Samadhí (realização da meta).

Árvore do Yoga




(clique na imagem para ampliar)




1. Yama - Na filosofia do Yoga, a moral ou a moralidade possui o significado de estar em harmonia com o Universo, estar em estado de harmonia mental. A harmonia mental é necessária para poder meditar, para que a mente flua livre, sem impedimentos. Então, o propósito de Yama é produzir um estado de equilíbrio mental, onde a relação os outros seja harmoniosa, serena, pacífica. A palavra Yama quer dizer “controle”, ou seja, como devemos nos controlar, nos comportar perante os outros.


Cinco 5 princípios do Yama:
*Ahimsa: Significa não ferir ou magoar a outro Ser com Pensamento, Palavra ou Ação.Também é traduzida como Não-Violência.
* Satya: significa Verdade Benevolente, ou seja, guiar todos os pensamentos, palavras e ações com o espírito de bem-estar.
*Asteya: Asteya significa abster-se de tomar, física ou mentalmente, o que pertence aos outros.
* Brahmacarya: significa ver Brahman, a divindade, o Supremo, presente em todas as coisas. Ver a divindade, o valor e a bondade inatos em todos os seres ou coisas. Este conceito também está ligado a dominação dos impulsos sexuais.

*Aparigraha: Significa evitar acumular coisas supérfluas em nossas vidas, ou seja, prega a simplicidade voluntária.





2. Niyama- O segundo membro do caminho óctuplo de Patanjali é o Niyama, que significa literalmente “Auto-controle”.
Repousa sobre cinco fundamentos:
Shaoca: Significa manter a limpeza e a pureza da mente, do corpo e do meio-ambiente.
Santosa: Significa manter-se em estado mental equilibrado, em harmonia, em tranqüilidade mental, sendo que é traduzido literalmente por “Contentamento”.
Tapah: Procurar realizar serviços desinteressadamente, fazer sacrifícios para beneficiar outros seres. É traduzido em algumas linhas de Yoga pela palavra “Ascese”.
Svadhyaya: Ler, estudar e entender temas espirituais, desenvolver o auto-estudo, manter-se em boa companhia, sendo traduzido literalmente por “Auto-estudo”.
Iishvara-Pranidhana: Significa procurar manter a nossa mente no ideal, ou seja, refugiar-se no Supremo.












3. Ásanas -A palavra ásana significa postura confortável, ou seja, são as posturas, os movimentos realizados durante a pratica de Yoga.






(clique na imagem para ampliar)


Saudação ao Sol A e B








Saudação à Lua








4. Prãnayama- Controle das energias vitais através de exercícios respiratórios. Existe uma relação direta entre nossa respiração, prãna (energia vital) e a mente, então através do controle respiratório podemos influenciar o fluxo de prãna (energia vital) no organismo humano, modificando o fluxo de pensamentos, de sensações, estimulando a paz e harmonia mental.




5. Pratyahara- Significa retirar a mente das coisas mundanas. Para obter-se sucesso na meditação é necessário inverter o fluxo da mente, para que a mente flua para o interior, para dentro, em direção ao Ser, em direção a Atman (Alma / Espírito).


6. Dharana- É traduzido literalmente como “Concentração”. No Raja Yoga ensina-se que o Dharana deve ser feito em um dos Chackras (centros energéticos sutis).





7. Dhyana -A verdadeira Meditação, ou seja, quando a mente flui espontaneamente em direção a Consciência Suprema. A palavra Dhyana significa literalmente “deixar a mente fluir”, portanto a intenção de Dhyana é que a mente flua para o alto, para dentro, em direção ao Paratman, ou seja, em direção ao Grande Espírito, em direção a Grande Alma, ao Poder Supremo.









8. Samadhí- União Espiritual. Quando Jiivatman (espírito individual) funde-se com Paratman (Espírito Supremo). O Gheramda Samhita, possui um capitulo inteiro onde o Samadhí é descrito, sendo que começa da seguinte maneira: 7:1. O samádhi é um tipo de Yoga magnífico, que se adquire graças a uma grande dádiva. Obtêm-se samádhi graças à bondade e gentileza do guru, e,pela intensa dedicação que se lhe prestar. 7:2. Esta fantástica técnica de samádhi será prontamente dominada pelo yogui que tenha confiança no conhecimento, no seu guru e em si mesmo, e,cuja mente se abra à inteligência todos os dias. 7:3.
Samádhi ou mukti é a libertação de todos os estados de consciência e consiste em separar manas do corpo para uni-lo a Paramatman.
Existem diversas formas de definição do Samadhí, sendo que cada escola de Yoga o descreve de diversas maneiras.
Entretanto as descrições são apenas mapas e não o território, ou seja, as descrições são importantes para entender o porquê desta busca, mas apesar de todas as palavras só se conhece verdadeiramente sentindo a
Bem-Aveturança.








Fonte aqui


Respiração ou Pranayama



"O esvaziamento da mente de toda ilusão, é a verdadeira exalação (rechaka)
A percepção do EU SOU ATMÃ é a verdadeira inalação (puraka).
E a constante firmeza nesta convicção é a verdadeira retenção ( kumbaka).
Este é o verdadeiro Pranayama".
~Shankara~






Técnica de respiração yogue para acalmar o mental:

Aquelas pessoas que possuem um lado racional extremamente desenvolvido e sofrem com pensamentos múltiplos e em carrilhão, devem estimular a respiração com a narina esquerda, que conecta com a região do cérebro ligada as emoções; Funciona assim: com um dos dedos feche a narina direita e faça 30 respirações completas, ( inalação, seguida de exalação) lentas e concentradas, somente deixando passar o ar pela narina esquerda. Logo sentirá uma sensação de relaxamento e calma.



Técnica de respiração yogue para acalmar o emocional:
Aquelas pessoas que possuem um lado emocional extremamente desenvolvido e sofrem com emoções descontroladas e intensas , devem estimular a respiração com a narina direita, que conecta com a região do cérebro ligada ao racional; Funciona assim: com um dos dedos feche a narina esquerda e faça 30 respirações completas, ( inalação, seguida de exalação) lentas e concentradas, somente deixando passar o ar pela narina direita. Logo sentirá uma sensação de mais firmeza e centramento.




Técnicas de Respiração yogue - Professor Pedro Kupfer


As técnicas descritas a seguir servirão como treinamento básico para dominar e ampliar a mecânica da respiração. Poderão fazer-se independentemente umas das outras ou obedecendo à seqüência sugerida. Todas elas podem ser aplicadas durante a prática dos ásanas, o que irá potencializar os seus efeitos. Siga cuidadosamente estas instruções e consulte o seu instrutor caso tenha dúvidas a respeito.




1 - Adhama pránana, a respiração abdominal



A primeira etapa na prática de pránáyáma é disciplinar a respiração baixa ou abdominal. Pode ser feita deitado em decúbito dorsal ou sentado com as costas eretas. Procure fazê-la enquanto vamos descrevendo.


Coloque as palmas das mãos no abdômen para perceber o movimento do diafragma. Respirando pelas narinas, esvazie completamente os pulmões, contraindo o ventre. Permaneça por um instante sem ar. Deixe-o agora entrar devagar, soltando e expandindo naturalmente a musculatura do baixo ventre e depois a parede abdominal, conforme for enchendo a parte baixa dos pulmões.



Não retenha. Ao expirar, recolha os músculos abdominais. Continue respirando assim, relaxando o abdômen ao inspirar e contraindo-o levemente ao exalar. Esta é a forma ideal de fazê-lo no dia a dia, sendo aquela que surge espontaneamente ao dormir.


Após ter dominado o movimento anteriormente descrito, execute esta respiração no ritmo mais lento que conseguir, prolongando ao máximo o tempo da inalação e da exalação.

Com a prática, você poderá desenvolvê-la de forma ideal, acrescentando retenções de alguns segundos no final da inspiração e da expiração, o que irá aumentar a capacidade pulmonar e a vitalidade. Posteriormente, aumentará gradativamente a retenção até chegar a quadruplicar ou ainda octuplicar o tempo da inspiração. Depois, o ritmo começará a se encaixar naturalmente.



Efeitos:
Este exercício promove um massageamento nos órgãos abdominais, melhorando o seu funcionamento. Elimina a ansiedade e aumenta a força de vontade, a concentração e a vivacidade mental. Feita sem esforço, revitaliza e predispõe a pessoa a uma atitude aberta e receptiva,
tendendo a aceitar a realidade tal como é.






2 - Adhama pránana, a respiração completa


Agora vamos respirar com todo o potencial e a capacidade dos nossos pulmões. Isto nos proporcionará uma sensação única de bem estar, leveza e vitalidade. São infinitas as sensações quando respiramos de forma completa e consciente: as idéias ficam mais claras, a tristeza se transforma em felicidade, a agitação em serenidade, a insegurança em autoconfiança, o desânimo em entusiasmo. Se você achou exageradas estas afirmações, nosso convite é para que experimente este exercício.


Quando possível, procure fazer pránáyáma diante do mar, próximo de uma cachoeira ou perto da natureza. A sensação do prana limpando e nutrindo as suas células lhe fará sentir revigorado em poucos minutos.



Sente-se em qualquer posição na qual você possa manter a coluna ereta sem forçamento. Feche os olhos e passe a acompanhar a respiração. Perceba o contato do ar com os condutos respiratórios, sinta o prána acariciar o seu corpo por dentro. Descontraia-se.



Elimine agora todo o ar dos pulmões e recolha o abdômen. Comece a inalar expandindo o ventre e o diafragma, deixando que o prána e o ar entram na parte baixa dos pulmões. Em seguida, deixe o ar entrar na área média, descontraindo a musculatura intercostal. Por fim, complete a inspiração enchendo de ar o ápice dos pulmões, sentindo que os alvéolos se abrem.



Expire com suavidade, soltando primeiramente o ar da parte alta, depois da parte média, retraindo os músculos intercostais, e, por fim, da parte baixa, contraindo o abdômen e fazendo com que o diafragma se eleve.



Continue desenvolvendo a respiração completa, procurando prolongar o tempo das fases e permitindo que o ar flua de forma cadenciada. Dessa maneira, você enche os pulmões de baixo para cima e os esvazia de forma inversa, de cima para baixo.



Acrescente posteriormente kúmbhaka e shúnyaka, retenções com os pulmões cheios e vazios. Essas paradas do fluxo respiratório não devem jamais ultrapassar a sua capacidade natural. A exalação deve ser lenta e controlada. Ao acrescentar os bandhas, contrações de órgãos, músculos, plexos e nervos, o nome do exercício passa a ser bandha pránáyáma ou prána bandha kriyá.






Efeitos:
Aumento considerável da capacidade pulmonar, da resistência e do tônus geral do organismo, desintoxicação e oxigenação celular, revitalização, rejuvenescimento e tonificação. No aspecto psíquico, outorga ao praticante receptividade, atitude aberta em relação ao mundo que o rodeia, expansão total de si, concentração, entrega, felicidade. Aumentando a elasticidade da estrutura ósseo-muscular, o prána kriyá dissolve tensões somatizadas na região abdominal, nos ombros e no pescoço.



Por Prof. Pedro Kupfer





quinta-feira, 19 de junho de 2014

INICIAÇÃO AO ZEN:






Zen é uma abreviatura de zenna, tradução da palavra sânscrita dhyana, em chinês tch'anna, que significa concentração mental, ou meditação sem objetivo intelectual.
O Zen nasce na Índia no século VI d.C e chega ao Japão por meio da China e da Coréia, nos séculos XII e XIII de nossa era.



O Zen foi introduzido na atualidade na Europa e na América por meio de diversas escolas. No Japão, são bastante relevantes os ensinamentos de Dogen.
Digamos inicialmente o Zen não é uma teologia, é uma religião cujo objetivo é o homem.


Devemos considerar o Zen um método, uma autodisciplina - embora seus adeptos o considerem uma religião - porque não possui textos sagrados cujos termos tenham força de lei, nem regras fixas, nem dogmas rígidos.
O Zen não se refere a nenhum salvador, a nenhum ser divino. O Zen é uma escola do budismo formada na China do encontro da doutrina mahayana com o taoísmo desenvolvido no Japão.
Foi o mestre indiano Bodhidharma quem fundou o Zen na China no século VI d.C. No Japão as práticas Zen do Eisai e Dogen implantaram duas tradições distintas, o rinzai e o soto.


O Zen trabalha com a meditação sobre a indagação da psique. Para o Zen, o mundo não é pura ilusão, tampouco é uma realidade absoluta.O Objetivo do Zen é procurar um alto grau de conhecimento de si mesmo que termina na paz interior. O Zen é não conceitual, não intelectual, prega estar focado no presente, não estar nem no passado nem no futuro.


"O milagre é que o Zen não se interessa pelo passado nem pelo futuro.
O Zen vive o presente. Todo o seu ensinamento é baseado em estar enraizado, concentrado no que...é"
Osho








O Zen é o ser vazio, é buscar na natureza das coisas, mas sem nenhuma idéia, preconceito ou presunção, já que é preciso aliviar a mente daquilo que nos embutiram e que nos condicionou a ver, o mundo de uma determinada forma, a pensar como pensamos e a criar uma série de valores e crenças que, na maioria dos casos, são falsas.




Vejamos alguns conceitos que nos apontam o Zen.

Para o Zen o mundo é uno, nada está separado.
O Zen não impõe códigos, não diz faça isso ou aquilo.
O Zen é silêncio, já que no momento em que nos perdemos no mundo das palavras começamos a nos desviar e a nos afastar da existência.
O Zen é um enfoque não teórico da realidade.
O Zen não tem doutrina nem dogma, nem igreja nem sacerdote.
O Zem tem apenas mestres cuja função é ensinar o discípulo a desaprender.
O Zen não é uma desaprendizagem; ainda que ensine como se desfazer do que se aprendeu, ensina a estar aqui sem nenhuma mente envolvida.
No Zen, não é preciso fazer nada, só precisamos Ser.
O Zen aponta com todas as suas práticas vivenciais a iluminação súbita.



"Se abrirmos as mãos podemos possuir tudo.
Se estamos vazios, podemos conter o Universo inteiro."
Dito da escola Zen


Viver aqui e agora



Para o Zen, chegar à verdade é viver a realidade. Hoje temos um saber sobre uma realidade, mas nos mantemos longe dessa realidade. Por isso o primeiro passo no método Zen é a negação do "eu" como realidade fundamental da pessoa humana e seu destino.
Pode-se afirmar que o Zen não persegue a busca do Absoluto último ( Deus), mas sim, simplesmente, o encontro com a realidade fundamental de Si mesmo.
Por isso, o Zen se converte em uma experiência, uma experiência pessoal, intransferível. A idéia-chave da prática do Zen é o "aqui-agora". Essa chave nos faz voltar às origens, compreender a nós mesmos e nos conhecer em profundidade.
Ser e estar sempre no que se está é o espírito do Zen. É se concentrar em cada instante da vida cotidiana, não pensar no passado, nem imaginar o futuro. Mesmo estes pensamentos, quando ocorrerem, partem sempre da total perspectiva do momento presente, e para ele retornam.


Concentrar-se é um objetivo do Zen, assim como ter consciência de que estamos aqui, de que não somos máquinas. Concentrar-se e ter consciência é libertar-se de uma multidão de coisas inúteis. A realidade é que os problemas que nos preocupam não têm a importância que lhes damos. Diante da morte, o que mais há de importante?


"O budismo Zen não consiste em utilizar seu intelecto discursivo para governar o corpo. Consiste em utilizar exclusivamente o momento imediato, presente, em não desperdiçá-lo" Mestre Zen


Destacaremos que a trilha de autorealização sem dependências foi definido como uma transmissão especial fora das escrituras, não aprendida por palavras ou cartas, uma trilha que aponta diretamente ao coração do homem, que olha para a natureza própria de cada um, para desse modo finalmente alcançar a budeidade, a realização da consciência Búdica.




A consciência da Unicidade, ou consciência Búdica manifesta a compaixão por todos os seres, pois todas as formas são manifestação da pura e mesma consciência, não havendo diferenças, nem contrastes nem qualquer competição.

A meditação Zen



A meditação Zen tem como objetivo ir além da mente, isto é, além dos pensamentos, alcançar-se a consciência que tudo cria, que tudo observa, a nossa natureza original silenciosa, pacífica, intuitiva, a nossa realidade última.
A meditação Zen pretende relembrar o conhecimento intuitivo e absoluto, além dos esquemas mentais, e dissolver o ilusório "eu" ( que se acredita ser uma unidade isolada do Todo da existência ) dissolvendo-o no Universo experimentando um sentimento de unidade cósmica, paz e felicidade.


"Quando você chegar pela primeira vez a seu mundo meditativo,
todos os centros ficam no mundo.
A razão se aquieta e não há palavras que se agitem:
o coração sossega e você já não é turvado pelas emoções"
Osho




O Ponto culminante da meditação é conhecido como Satori, que equivale à iluminação, uma experiência intraduzível de conhecimento, que coincide com a percepção da verdade última, da budeidade inerente a nós mesmos. Ao alcançar o satori, chega-se a uma experiência pessoal e intransferível, na qual o participante se transforma em um todo com o Universo.

A escola Soto é baseada no Zazen, a meditação do silêncio. A prática do Zazen é a expressão direta da verdadeira natureza. Seu segredo consiste em sentar-se sem motivo nem espírito oportuno e apenas observar os pensamentos passarem, sem controlá-los, ou reprimi-los. Busca-se uma profunda auto-observação a nível de respiração, postura, tensões, e busca-se com isso estar absolutamente presente, sem nenhum tipo de distração ou dispersão. O aqui-agora é a chave da meditação Zazen, compreendendo a si mesmo, conhecendo-se profundamente e encontrando-se o verdadeiro Eu.



A meditação Zen requer uma postura sentada, onde se utiliza um zafu, uma almofada redonda, e colocará as pernas cruzadas em lótus. Nessa postura os pés pressionam cada coxa nas zonas em que se encontram pontos importantes de acupuntura correspondentes aos meridianos do fígado, da vesícula biliar e dos rins.


A coluna vertebral deve estar curvada na altura da quinta vértebra lombar, a nuca levantada, o ventre encolhido e o rosto voltado para frente, com a face relaxada. Os punhos permanecem fechados apertando os polegares e as mãos devem ser colocadas sobre as coxas perto dos joelhos. A ponta da língua deve tocar o céu da boca e o olhar fica relaxado entreaberto. A postura será acompanhada de uma respiração lenta e poderosa. Os discípulos devem se concentrar em uma expiração longa, profunda e imperceptível; a inspiração é realizada naturalmente. O ar é exalado lenta e silenciosamente, com o estímulo da pressão do baixo ventre. Leia aqui sobre o Zen na Prática diária

Um exercício simples de Meditação Zen


A seguir, veremos um exercício de meditação Zen que pode ser praticado com a postura detalhada anteriormente. Trata-se de um exercício sintetizado extraído do Mahamudra Tibetano, O Livro Tibetano da Grande Libertação, da tradição Zen. Esse exercício tem uma duração aproximada de dez minutos, embora constitua a essência de um retiro de meditação de um mês.


O discípulo deve sentar-se confortávelmente com os pés sobre o chão e fechar os olhos com suavidade.
Deve começar de modo que a atenção percorra o corpo observando se há zonas tensas ou contraídas.
Em seguida, deverá soltar o abdome, a parte baixa das costas.
Também deixará que as mãos relaxem.
Depois procederá a escutar todos os sons que o rodeiam.
Ao mesmo tempo em que escuta os sons, imaginará que sua mente se expande de modo que já não está em sua cabeça, nem em seu corpo, mas que se volta tão grande como o espaço em que se encontra.
Agora os sons estão contidos no espaço da sua mente.
Sua mente se abrirá como um céu. Os sons se encontram contidos nesse espaço.
Olhará diretamente para a mente que está aberta, clara e silenciosa.
Nesse clima interior, os sons vem e vão, mas a mente é um espaço imóvel, amplo, ilimitado, vazio.
Nada se encontra fora desse espaço.
Agora imagina que o corpo também está neste espaço.
Ele o sentirá, mas não é sólido, são pontos e zonas de sensação que faltam nesse espaço.
Há uma consciência clara da qual surgem todas as coisas.
Seu pensamento e suas imagens são como sons; surgem, mudam e desaparecem.
É preciso tomar consciência disso, percebendo a verdadeira natureza do pensamento.
Deixará que os pensamentos e as imagens surjam e desapareçam e que a mente permaneça inalterada, ilimitada, não composta de coisas.
Agora imaginará, no espaço claro e vazio da mente, a figura de uma pessoa a quem ame.
Deixará que o sentimento amoroso cresça nele até que comece a encher o espaço. Perceberá que existe um desejo do coração abrir-se e encher-se de amor.
Agora imaginará a figura de outra pessoa da qual também ame muito.
Deixará que os sentimentos e a experiência de amor cresçam no espaço, de modo que tudo fique inundado por esse afeto amoroso.
É preciso deixar que o afeto amoroso cresça até que toque todas as pessoas que o rodeiam inclusive desconhecidos, e também o lugar onde estamos, o país, o planeta inteiro. Assim estará envolvendo o planeta de amor, pensamentos e sentimentos de afeto.
Por fim deixará que os olhos se abram suavemente e a atenção regresse.



Leia mais sobre a prática do Zen aqui


Uma breve introdução à prática do Koan



Um Koan é uma espécie de problema que o mestre formula a seus discípulos para que o resolvam. O Koan assume uma fórmula didática dentro de uma pergunta que absolutamente não tem sentido. São desafios aprendidos pelo mestre, que podem ser considerados "absurdos".


No entanto, por mais absurdo que possam ser, é preciso considerar que é apenas nosso hábito de conceitualização o que nos impede de enfrentar a realidade última. Essas apresentações absurdas dos mestres têm muitos significados e servem para levantar o véu que nos submerge a estados de relatividade.


Vemos que o Koan é uma espécie de incoerência, uma contradição cuja resposta se encontra além do racional, do sujeito e do objeto, da causa e do efeito. Para os mestres do Zen, só quando o espírito esgotou todos todos os recursos, após uma meditação que pode durar semanas ou meses, o discípulo abandona todo esforço e relaxa na busca.


Quando expomos nossas ideias lógicas como resposta a um Koan, equivocamo-nos. O Zen não é dialético nem intelectual, é algo que vai além da lógica das coisas, a um lugar no qual está "a verdade que liberta".












O Zen incita a racionalizar para nos fazer ver a inutilidade da tentativa.
O Zen sabe até onde pode nos fazer chegar, e só chegamos a entender essa tentativa quando estamos num ponto sem saída.


A intelectualização, o raciocínio, a lógica ou as conceituações só são necessárias para compreender nossas próprias limitações.
O Koan pretende nos fazer compreender esse fato, isto é, o quão a mente é limitada e se baseia em referências passadas, aprendidas.
Por isso, nunca devemos fazer do Koan um objeto intelectual.


O Zen nos convida a nos identificar com o Koan, de forma que não somos nós e sim o Koan.
Quando chegamos a um ponto assim, o Koan é resolvido.





Vejam alguns Koans que são utilizados no Zen:

Quando vocês tiverem um cajado, eu lhe darei um; quando não tiverem nenhum, eu lhes tomarei o cajado.
De onde vocês vêm? Para onde vão?
Mostre-me a face original que você teve antes de nascer.
Deixe-me ouvir o som de uma mão batendo palmas.
Utilize a espada que você tem nas mãos vazias.
Fale sem usar a língua.
Toque o alaúde sem cordas.
" A prática do Zazen é a expressão direta
de nossa verdadeira natureza"
Suzuki Roshi





Texto extraído do livro
"Além de Osho, As chaves de
seus Best-Sellers"
de Jorge Blaschke
Visitem o site da Monja Coen
Aqui alguns posts interessantes sobre o Zen