OS EGÍPCIOS:
MISTÉRIOS DE UMA CIVILIZAÇÃO
ÁFRICA, um continente
Sagrado que abriga um dos povos mais polêmicos e misteriosos da
humanidade. Terra do Nilo, o Egito fascina a quem se aproxima,
envolvendo a todos num clima de mistério e grandiosidade. Lugar onde o
homem construiu edificações religiosas, cercado de Templos Sagrados,
monumentos gigantescos e personagens que marcaram a história. Uma
civilização sempre envolta numa nuvem mística, quase etérea, resultando a
inevitável mistura de Deuses. Seus conhecimentos sobre o mundo dos
mortos e dos mistérios dos céus, tornaram os egípcios os verdadeiros
precursores da Era de Aquário. Afinal, o nascimento do Egito ocorreu
num signo de AR, assim como a Era na qual estamos vivendo agora.
O Egito Antigo possuía profundo
conhecimento sobre a astrologia, e os Sacerdotes descobriram um aspecto
celestial muito curioso. Eles observaram que a Estrela do Norte trocava
de posição constantemente e após 25.750 anos aproximadamente, ela
voltava para sua posição "original" num processo cíclico.
O reinado do Antigo Egito foi dividido
em dinastias que se sucederam nas várias épocas da história egípcia.
Durante esse período esteve dividido em Baixo Egito e Alto Egito, sendo
governado por dois faraós diferentes, após a unificação o faraó passou a
ostentar as coroas de ambos os reinos juntas. O faraó era a
personificação dos deuses, também cultuado por seu povo. A Magia da
Civilização Egípcia é especial e única no mundo, existindo até hoje
algumas sociedades secretas, que preservam seus ensinamentos e rituais.
Sem qualquer sombra de dúvida, a
civilização do Egito antigo atiça a nossa imaginação pela aura de
mistério que a envolve. No entanto muito já se sabe a respeito do modo
de vida, da estrutura social, da estrutura econômica, das relações
políticas do Egito faraônico.
A DINASTIA EGÍPCIA
AKHENATON |
Akhenaton tornou-se rei aos quinze anos por volta de 1364
a.C., e como um grande faraó da XVIII Dinastia Egípcia, criou pela
primeira vez na história da humanidade a noção de um Deus único – Aton,
representado pelo disco solar. Akhenaton intitulou-se como o único
representante e mediador dessa divindade. Tendo como politeísmo no
antigo Egito e mudou a capital de Tebas para uma cidade nova que
construiu no centro geográfico do país: Aketaton (cidade nova), com
finalidade de concentrar o poder na figura do faraó, ou para apenas
retirar p poderio dos sacerdotes egípcios, ele acabou como o Templo,
restando atualmente poucas ruínas dessa cidade. Muito antes dos faraós, a
história egípcia conta que deuses desceram dos céus em suas esferas
voadoras. Esses deuses Neteru, Iris e Ísis vieram da constelação de
Órion, da estrela de Sírius. Todos eles possuíam algo em comum: a cabeça
alongada.
A característica do crânio alongado continuou pelas Dinastias. Na décima
oitava do Império Novo, existiu um faraó que mudou o Egito, Akhenaton
as escrituras narram que este era um faraó que também havia descido das
estrelas.
NEFERTITE |
Nefertiti foi a mulher que por mais de uma década teve forte influência
no Egito, de beleza estonteante. Era muito reverenciada pelo seu povo, reinou
lado a lado de Amenófis IV, governante da décima oitava Dinastia do Novo Reino,
que mudou seu nome para Akhenaton depois de subir ao trono. Entretanto, nada se
sabe sobre a linda Rainha. Isso aconteceu aproximadamente quando ela devia ter
uns 30 anos de idade. Nefertiti tinha 15 anos na época, quando se uniu
com Akhenaton que estava com 14. Desta união, a linda mulher iria
se transformar na governante mais poderosa do Egito.
TUTANCÂMON |
Tutancâmon ou Tutankamon - foi faraó da XVIII dinastia do Egito, viveu durante o período conhecido como Novo Reino. Seu
nome original, Tutankhaten, significa "imagem viva de Aton", enquanto
Tutancâmon significa "imagem viva de Amon. A filiação de Tutancâmon é
incerta. Ele provavelmente foi um filho de Amenhotep III e portanto, o irmão de Akhenaton .
Tutancâmon (ou "Rei Tut") é talvez mais conhecido como o faraó cujo túmulo (KV62) foi descoberto intacto, contendo uma
riqueza de objetos na tumba do jovem Rei. Tornando Tutancâmon
historicamente importante também. Tutancâmon governou o Egito por oito a
dez anos; exames feitos em sua múmia concluíram que ele morreu
aproximadamente aos 19 anos. Durante o reinado de Tutancâmon, a
revolução de Akhenaton começou a ser revertida. Em 3 anos de reinado de
Tutancâmon (1331 aC), quando ele ainda era um menino de cerca de 11
anos, a proibição do antigo panteão de deuses e seus templos foi
levantada, os privilégios tradicionais restaurados para o seu
sacerdócio, e a capital voltou para Tebas. O jovem faraó também adotou o
nome de Tutancâmon, mudando seu nome de nascimento que era
Tutankhaten.
O egiptólogo Howard Carter, empregado por Lorde Carnarvon, descobriu o
túmulo de Tutancâmon (KV62 já designada) em O Vale dos Reis em 04
novembro de 1922, perto da entrada do túmulo de Ramsés VI.
CLEÓPATRA |
Cleópatra foi a última
rainha do antigo Egito. Subiu ao trono aos 17 anos, juntamente com seu
irmão Ptolomeu XIII, com quem, segundo os costumes egípcios, deveria se
casar. Alguns anos depois, privada de qualquer autoridade real,
exilou-se na Síria, de onde começou a se preparar para reaver seus
direitos. Júlio César, que seguira Pompeu até o Egito, foi seduzido
pelos encantos de Cleópatra, lutando a seu favor na guerra civil que se
seguiu. Ptolomeu foi derrotado e morto , sendo Cleópatra reconduzida ao
trono, com seu irmão menor, Ptolomeu XIV, então com 11 anos de idade.
Não houve relacionamento sexual nesse casamento.
Três anos mais tarde, quando Ptolomeu
reclamou sua parcela de autoridade, foi envenenado por sua irmã, que
levou ao trono Cesarion conhecido como “Pequeno César”, filho de seus
amores com César. Dizem que Cleópatra testava a eficiência de seus
venenos dando-os aos seus escravos.
Cleópatra
viajou para Roma, onde foi recebida por César, com quem viveu até o
assassinato dele. Decidiu então voltar para o Egito, tornando-se amante
de Marco António, de quem recebeu vastos territórios, como a Judeia e a
Arábia. Sua ligação com Marco António e as doações que recebeu a
tornaram impopular em Roma, do que se aproveitou Otávio para declarar
guerra contra ela. Derrotada com seu exército, Cleópatra fugiu para
Alexandria, onde Otávio foi encontrá-la. Após a fuga Otávio propôs a
ela, assassinar Marco António, cuja proposta foi aceita por Cleópatra.
Convidando Marco António para se encontrar em um mausoléu, para que
pudessem morrer juntos. Marco António suicidou-se na errônea suposição
de que Cleópatra faria o mesmo, o que não aconteceu.
Otávio resistiu às seduções de Cleópatra, que então se matou fazendo-se
picar por uma víbora, evitando assim o vexame de entrar em Roma como
prisioneira de Otávio. Com ela findou a Dinastia dos Ptolomeus e o Egito
passou a ser província romana. Cleópatra era considerada especialista
na arte do amor. Teve seu primeiro amante aos 12 anos. Dizem que chegou
a levar 100 homens para a cama em uma única noite. Foi uma grande
negociante, estrategista militar, falava seis idiomas e conhecia
filosofia, literatura e artes gregas.
OS DEUSES
ÍSIS |
A Grande Ísis, deusa mais popular do Egito, ela representava
a magia e os mistérios daquela região, a mãe perfeita em sua dedicação. É
representada como uma mulher que costuma carregar inscritos sobre sua
cabeça os hieróglifos referentes ao seu nome. Símbolo da maternidade
doadora de vida e principal divindade egípcia nos ritos funerários, em que
aparece representada como carpideira, usava seus dotes de feiticeira para curar
os doentes e ressuscitar os mortos. Ísis é uma das mais importantes deusas do
antigo Egito. Segundo a lenda, descobriu e reuniu os pedaços do corpo de
Osíris, seu irmão e marido, e devolveu-lhe a vida.
OSÍRIS |
Osíris, irmão de Seth e marido de Ísis, é o filho
primogênito de Geb(terra) e Nut(céu) e por isso teve o direito de governar o
trono do Egito. Seu irmão Seth, por inveja destrói Osíris e espalha seus
pedaços por todo o Egito. É representado em forma de múmia, com uma coroa
branca, plumas e chifres. Deus egípcio do mortos e da fertilidade. Osíris
chefiava um panteão de nove deuses. Seu bastão recurvado e seu cetro mostram
que era também Senhor do mundo subterrâneo.
CINTURÃO DE ÓRION |
Os egípcios viam a constelação de Órion como a morada de Osíris, eles
inclusive pensavam que a forma de ampulheta de Órion parecia a figura
do próprio Deus. Segundo a teoria de Robert Bauval, o alinhamento das
três pirâmides de Gizé era exatamente o mesmo das três estrelas do
Cinturão de Órion, que fora considerado a morada de Osíris na Terra, e
que o Nilo era um "reflexo" da Via Láctea. Se as pirâmides de Gizé
refletem as estrelas do Cinturão, devem todas ter sido projetadas ao
mesmo tempo. Um fenômeno astronômico, a "processão dos equinócios",
devido a ligeira "oscilação" do eixo terrestre, faz com que através de
quase 26 milênios as estrelas no céu pareçam subir e novamente descer.
Como a constelação se move como se estivesse ligada ao ponteiro de um
relógio, conclui-se que as pirâmides em geral não espelhariam as
estrelas de Órion. Isso teria ocorrido apenas em 10.500 a.C., ano em que
as pirâmides foram erguidas e a Esfinge foi esculpida. Sendo as
pirâmides Tumbas de faraós, a saída de ar da Câmara do Rei fora
concebida como um canal para projetar a alma do faraó morto rumo a
Órion, onde ele se tornaria um Deus. O ritual funerário para libertar a
alma do faraó ocorreria quando aquele duto estivesse apontado para
Órion, e a alma do faraó poderia voar para lá rapidamente.
BASTET |
Bastet é uma das mais antigas deusas egípcias descrita
como uma mulher esbelta que tem uma cabeça de gato doméstico. Seu culto
começou por volta de 3.200 a.C durante a segunda dinastia no norte do
Egito e sua cidade é Bubastis. Reconhecida como a Deusa egípcia da
música, do prazer, da dança e da alegria. Bastet simboliza a lua em sua
função de fazer uma mulher fértil. Filha do Deus do Sol Rá, que também
está associada ao Olho de Rá, atuando como instrumento de vingança do
Deus Sol.
O povo do antigo Egito cultuava Bastet como a protetora das mulheres,
crianças e gatos domésticos, a Deusa do amanhecer, bem como da família,
fertilidade, gravidez e nascimento. Seu santuário em Bubastis é
construído de blocos de granito rosa e sua entrada longa é constituída
de um bosque de árvores altas. Mais de 300.000 gatos mumificados foram
descobertos em seu templo. Para os egípcios os gatos eram considerados
como semideuses. Deusa adorada sob a forma de uma Leoa e mais tarde um
gato.
ANUBIS |
Anubis conduzia as almas
para Osíris julgá-las. Era o senhor da Terra do Silêncio do Ocidente, a
terra dos mortos, o preparador do caminho para o outro mundo. Era o
Deus para proteger os mortos e trazê-los para a vida futura. Anúbis é o
nome egípcio de cabeça de chacal, Deus associado a mumificação.
Ele era geralmente retratado como um ser
metade humano metade chacal, ou na forma de chacal completo. O chacal
foi fortemente associado com cemitérios no Egito antigo.
Divindade que ajudou a embalsamar Osíris depois que ele foi morto por
Seth. Assim, Anúbis era o Deus que cuidava do processo de mumificação
de pessoas quando elas morriam. Os sacerdotes muitas vezes usava uma
máscara de Anúbis durante as cerimônias de mumificação.
HÓRUS |
Hórus é uma divindade solitária e complexa, aparecendo em
muitas formas diferentes e sua mitologia é uma das mais extensas de
todas as divindades egípcias. É um Deus relacionado ao juízo das almas
no mundo inferior, apresentando as almas ao Juiz Divino. Era considerado
idêntico e feito da mesma substância de seu pai, Osíris. A forma
original de Hórus era provavelmente a de um Deus do céu, conhecido como
"senhor do céu".
Mitologicamente, o Deus era imaginado como um falcão celestial, cujo
olho direito era o sol e o olho esquerdo a lua. As penas salpicadas de
seu peito provavelmente foram consideradas as estrelas, enquanto que
suas asas eram o céu, que criou o vento.
A conseqüência natural de seu papel como "senhor do céu" foi seu aspecto
como Deus-Sol. Um pente de marfim da primeira dinastia rei, retrata um
falcão em um barco com asas estendidas, sugerindo o falcão atravessando
o céu como o Deus-sol. Os primeiros textos da pirâmide se referem
especificamente a ele em termos solares como "Deus do leste", e ele
aparece em pelo menos três formas neste disfarce.
Seth foi um dos primeiros
deuses do Egito antigo, um Deus do caos, confusão, tempestades de vento,
o deserto e terras estrangeiras. Nas lendas de Osíris, ele foi um
candidato ao trono de Osíris e rival de Hórus, mas um companheiro ao
Deus do sol Rá . '' Originalmente adorado e considerado como um ser
ambivalente, durante o Terceiro Período Intermediário, Seth foi
repelido pelo povo que transformou-o em um Deus do mal.
Também conhecido como o Animal, ou besta tifônico,
com um focinho curvado , orelhas quadradas, bifurcadas, corpo canino e
cauda, ou às vezes como um ser humano com apenas a cabeça do animal. Ele não tem nenhuma semelhança completa a qualquer criatura conhecida.
Definir como era um Deus do deserto, provavelmente simbolizava o calor
destrutivo do sol da tarde e, portanto, a infertilidade. O hieróglifo
de Seth foi usado em palavras como "turbulência", "confusão", "doença",
"tempestade" e "raiva". Estranhos acontecimentos, tais como eclipses,
tempestades e terremotos foram atribuídos a ele.
THOTH |
O Deus criador da escrita hieroglífica, da alquimia, da matemática, da
arquitetura, da medicina e da magia. Muito reverenciado pelos egípcios,
a base de todas as ciências que levaram os egípcios a um altíssimo
nível de conhecimento. Thoth compreendia todos os mistérios da mente
humana, pelo que há no “Livro dos Mortos” do Egito, representando o
advogado da humanidade.
Thoth é apresentado nos
desenhos do Antigo Egito como a figura de Íbis, um pássaro grande
integrante da fauna do Nilo. Os Egípcios associavam o bico encurvado e
longo da Íbis com a Lua e por sua vez a Íbis era, segundo a crendice
popular, um dos representantes terrestres de Thoth. Segundo a antiga
tradição egípcia, Thoth era o Deus da Lua, o Deus de sabedoria, o
medidor do tempo, e o inventor do sistema da escrita, criador dos
hieróglifos e do sistema de numeração. Em outros registros ele era
apresentado tendo sobre a cabeça uma gravura simbólica composta pelo
disco do Sol e o crescente da Lua.
OS TEMPLOS SAGRADOS - AS PIRÂMIDES DE GIZÉ
Uma das maiores construções feita pelo homem, a grande Pírâmide de Gizé foi erguida no
Velho Período (2575-2130 a.C.). Heródoto, historiador grego
que visitou Gizé em cerca de 450 a.C., ouviu de sacerdotes egípcios que a
Grande Pirâmide foi obra do faraó Khufu (Queóps), da Quarta Dinastia;
que sua construção durou 20 anos e empregou 400 mil homens para cada grupo de
100 mil operários. Entre os aspectos mais fascinantes da Grande Pirãmide estão
os quatro dutos de ventilação nas faces norte e sul da Câmara do Rei e os dois
dutos da Câmara da Rainha, situada logo abaixo. Foi constatado que em 2500 a.C.
que o duto sul da Câmara do Rei deveria apontar diretamente para a constelação
de Órion. Também foi observado que a Câmara da Rainha deveria na mesma época
apontar diretamente para a estrela Sírius - a estrela consagrada a Ísis,
consorte de Osíris - confirmou-se que as pirâmides estavam alinhadas
astronomicamente. As pirâmides menores eram tumbas dos cortesãos. A
largura total da base da Grande Pirâmide era uma fração precisa da
circunferência terrestre, e que a proporção entre a altura da Pirâmide e o
perímetro da sua base era a mesma entre o raio da Terra e a sua circunferência.
A
grande Pirâmide é a mais bela das oitenta originais que foram
construídas no Egito, trinta das quais ainda existem. Além do tamanho,
ela é formidável sob muitos outros aspectos. Está alinhada tão
exatamente para o norte magnético que desafia os modernos sistemas de
medida.
PIRÂMIDE EM DEGRAUS |
Os egípcios foram os primeiros a descobrir a simetria geométrica - a
escala de proporções que rege a "harmonia da natureza". Nada na Grande
Pirâmide é acidental, ela está posicionada exatamente no centro da massa
terrestre e seu design parece estar cerca de 4.200 anos à frente do seu
tempo. A pirâmide mais antiga - Pirâmide em degraus, em Saqqara - foi
construída em cerca de 2650 a.C. pelo faraó Snofru. Seu arquiteto
Imbotep, mais tarde transformado em divindade, foi identificado a
Esculápio, o Deus grego da medicina.
ESFINGE |
No início, a Esfinge era
um pedaço de rocha dura que se erguia acima do platô de calcário
circundante. Arqueólogos crêem que a Esfinge foi erguida por volta de
2500 a.C. pelo faraó Kbafra (Quéfrem), filho do faraó Kbufu ( Queóps)
da Quarta Dinastia. Em certa época, uma cabeça originariamente com a
cara de um leão, foi esculpida nela e pode ser mais velha do que se
pensava.
Até agora sua origem é um dos mistérios
mais enigmáticos da história, mas um novo estudo sugere que este ícone
não tinha o rosto de um faraó. A Esfinge é uma estátua de um leão
deitado com uma cabeça humana.
A Esfinge fora desgastada pela ação da
água (e não pelo vento), e que essa água era a do mar - portanto, sua
origem deveria ser o oceano, segundo o arqueólogo R.A. Schwaller de
Lubicz, em visita em Gizé nos anos 30. A data corrente do início da
civilização egípcia - cerca de 3000 a.C. - significa que esse povo
desenvolveu sua ciência. Para Schwaller de Lubicz, a cultura egípcia
era o legado de uma civilização muito mais antiga, possivelmente a
Atlântida de Platão.
TEMPLO DE LUXOR |
O Templo de Luxor, fica na cidade de Luxor (a antiga
Tebas), no sul do Egito. Por volta de 2160 a.C., quando os egípcios
conquistaram territórios próximos como a Núbia, Etiópia e Líbia, Tebas
substituiu Mênfis como capital do império. Vastos templos e palácios
colossais foram erguidos, com o propósito de impressionar os povos
conquistados. O que sobrou do Templo de Luxor é considerado atualmente
um dos maiores museus a céu aberto do mundo. O templo era dedicado ao
Deus Amon, senhor da fertilidade que mais tarde tornou-se rei dos Deuses. Foi construído principalmente por dois faraós, Amenhotep III (1391-1353) a.C.) e Ramsés II (1290-1224 a.C.). Tutancâmon e Alkexandre Magno ampliaram-no posteriormente.
KARNAK |
Além dos sacerdotes, poucas pessoas eram
admitidas nas áreas mais internas dos templos egípcios. Ali faraós e
sacerdotes faziam contato com os Deuses. Em Tebas, os mistérios seriam
sobretudo de natureza sexual, pois segundo o mito da criação egípcio o
Universo fora criado por um ato de masturbação. Durante a cheia anual do
Nilo, a estátua de Amon era levada por um barco de Karnak a Luxor, num ritual que celebrava a união do Deus com sua esposa Mut,
a mãe divina. Os dois templos eram ligados por uma alameda cerimonial
ladeada de esfinges. Dessa alameda restam hoje apenas 200 metros finais.
Esse templo tem 260 metros de
profundidade, e ostenta na fachada seis gigantescas estátuas de Ramsés
II. Após a entrada fica o pátio de Ramsés II, no canto nordeste há uma
grande estátua do faraó no ato de dar um largo passo. A grande Colunata,
dá acesso ao pátio de Amenhotep III. Logo depois fica o templo
principal; no interior do seu santuário, o faraó fazia seus rituais
secretos. Uma das paredes do templo seria readaptada para servir a
cultos romanos. O Templo de Luxor é considerado por muitos o mais
importante e bonito lugar sagrado, que guarda os mistérios dos egípcios.
PÁTIO DE AMENHOTEP III |
O Pátio de Amenhotep III representa o tronco humano, do
peito aos genitais. As 32 colunas do salão que sustentam o teto contínuo
simbolizam os pulmões. Em todo o mundo há templos baseados no corpo
humano. A beleza e harmonia do templo, mostra que ele fora erguido a
partir de três eixos do corpo humano - "Templo do Homem", portanto, a
complexa matemática desse templo revela o quanto os egípcios usaram a
ciência das proporções para recriar o corpo de Amon, de modo a poder venerá-lo literalmente "de dentro dele".
ABU SIMBEL |
O grande templo de Abu Simbel é considerado uma das mais grandiosas obras do faraó Ramsés II e, para muitos arqueólogos, é o maior e mais belo dos templos egípcios.
SÍMBOLOS SAGRADOS
OLHO DE HÓRUS |
Olho de Hórus ou "Udyat"
é um símbolo, proveniente do Antigo Egito, que significa proteção e
poder, relacionado à divindade Hórus. Era um dos mais poderosos e mais
usados amuletos no Egito em todas as épocas.
Segundo uma lenda, o olho esquerdo de Hórus simbolizava a
Lua e o direito, o Sol. Durante a luta, o Deus Set arrancou o olho esquerdo de
Hórus, o qual foi substituído por este amuleto, que não lhe dava visão total,
colocando então também uma serpente sobre sua cabeça. Depois da sua
recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória
decisiva sobre Set. Era a união do olho humano com a vista do falcão, animal
associado ao deus Hórus. Era usado, em vida, para afugentar o mau-olhado e, após
a morte, contra o infortúnio do Alho de Hórus e a serpente simbolizavam o poder
real, tanto que os faraós passaram a maquiar seus olhos como o Olho de
Hórus e usarem serpentes esculpidas na coroa. Os antigos egípcios
acreditavam que este símbolo de indestrutibilidade poderia auxiliar no
renascimento, em virtude de suas crenças sobre a alma.
O Olho Direito de Hórus representa a informação concreta,
factual, controlada representa a informação estética abstrata, controlada
pelo hemisfério direito do cérebro. Lida com pensamentos e sentimentos e é
responsável pela intuição. Ele aborda o Universo de um modo feminino. Nós
usamos o Olho Esquerdo, de orientação feminina, o lado direto do cérebro, para
os sentimentos.
CRUZ ANSATA |
Os egípcios acreditavam na vida para além da morte, ou seja, uma segunda
vida. Tinham a crença de que a vida
eterna era real e por essa razão, vemos vários sarcófagos de faraós ou até
mesmo dos deuses do Grande Egito, que todos eles continham uma cruz na
mão , cruz essa que era a Ankh, conhecida
também como Cruz Ansata, era na escrita hieroglífica egípcia o símbolo da vida eterna.
Os egípcios a usavam para indicar a vida após a morte. Hoje,
é usada como símbolo pelos neopagãos. A forma do
Ankh assemelha-se a uma cruz, com a haste
superior vertical substituída por uma alça ovalada. Em algumas representações
primitivas, possui as suas extremidades superiores e inferiores bipartidas.
A alça oval que compõe o Ankh sugere um cordão
entrelaçado com as duas pontas opostas que significam os princípios feminino e
masculino, fundamentais para a criação da vida. Em outras interpretações,
representa a união entre as divindades Osíris e Ísis, que proporcionava a cheia
periódica do Nilo, fundamental para a sobrevivência da civilização. A linha
vertical que desce exatamente do centro do laço, é o ponto de interseção dos polos,
e representa o fruto da união entre os opostos.
No túmulo de Amenhotep II, vemos o Ankh sendo entregue ao
faraó por Osíris, concedendo a ele o dom da imortalidade, ou o controle sobre
os ciclos vitais da natureza, ou seja, o início e fim da vida. Em algumas
situações, é encontrado próximo a boca das figuras dos deuses, neste caso
significa um Sopro de Vida.
ESCARAVELHO |
O escaravelho é o amuleto mais importante no Egito antigo, considerado como um símbolo sagrado para os egípcios e associado ao Deus egípcio Khepri. O Deus Khepri, que
literalmente significa "Aquele que está surgindo", era um Deus criador e
uma divindade solar. Ele era representado como um escaravelho ou
esterco, ou também como um homem com uma cabeça de besouro. Foi Khepri
que empurrou o Sol no céu.
O escaravelho tornou-se um símbolo de
ressureição, a capacidade de renascer. Cada dia, o Sol desaparece e
renasce de novo no dia seguinte. Os escaravelhos eram usados como jóias e
amuletos no Egito antigo. O escaravelho do coração que teve inscrições
hieroglíficas nas costas, foi muitas vezes enterrado com os mortos para
garantir o resnacimento do falecido no além.
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